A Doença Venosa Crónica dos membros inferiores, que abrange varizes mas não só, é muito frequente e é uma causa importante de diminuição da qualidade de vida, quer pelos sinais e sintomas associados à doença, que pela preocupação estética que desencadeia. Os sinais são facilmente observados: telangiectasias (“derrames” ou “aranhas vasculares”), varizes tronculares, edema, pigmentação (escurecimento), manchas e endurecimento da pele e úlceras venosas.
Os sintomas são formigueiro, dor, ardor, cãibras, sensação de pernas pesadas, edemaciadas e/ou cansadas. Estes sintomas indiciam a presença de Doença Venosa Crónica, particularmente se forem agravados pelo calor ou ao longo do dia e aliviados com a elevação e/ou descanso dos membros. O compromisso da qualidade de vida associado à presença de Doença Venosa Crónica pode ser de tal forma importante que pode conduzir a vergonha, constrangimentos na escolha de roupas, desportos, atividades lúdicas e sociais, perda da autoestima, isolamento, depressão, incapacidade para o trabalho e perda laboral. É habitual na Consulta de Cirurgia Vascular ouvirmos queixas como: “Não consigo aguentar este mal-estar que tenho nas pernas”, “Tenho vergonha, vai assustar-se quando vir as minhas pernas”. É fundamental esclarecer que estes problemas podem e devem ser tratados. Para todos os sinais e sintomas acima referidos há uma vasta gama de tratamentos disponíveis, recentes, inovadores e altamente eficazes.
Os sintomas e o edema são controlados com medicamentos, contenção elástica, técnicas fisiátricas, posturais e ergonómicas explicadas em consulta e, quando necessário, escleroterapia e cirurgia. A pigmentação pode ser tratada com aplicação de cremes ou técnicas minimamente invasivas como crioterapia ou laser. As telangiectasias e varizes são eliminadas com escleroterapia líquida ou com espuma, cirurgia convencional ou ablação endovascular (por laser, radiofrequência ou cola biológica). As úlceras venosas devem ser tratadas com cuidados de penso especializados, sob rigoroso cumprimento das indicações médicas.
É importante desmistificar conceitos como a dor associada aos tratamentos, a imobilização pós-operatória ou o reaparecimento de varizes. Há várias estratégias empregues para minimizar a dor da escleroterapia em pessoas mais sensíveis, embora a maioria refira que a escleroterapia é perfeitamente tolerável. O repouso permanente na cama após uma cirurgia não é necessário nem sequer aconselhável. As cirurgias atualmente realizadas, cada vez mais diferenciadas e menos invasivas, proporcionam desconforto mínimo no pós-operatório e rápido retorno às atividades diárias. Quanto ao reaparecimento de varizes, é fundamental uma correta avaliação e planeamento da estratégia de atuação, para garantir resultados melhores e mais duradouros.
Nas unidades Trofa Saúde Hospital pode contar com Cirurgiões Vasculares experientes e diferenciados, bem como com todos os meios técnicos de última geração utilizados no diagnóstico e tratamento desta patologia.
