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“Joanetes”: mitos e realidades

publicado em 05 Jan. 2018

O Hallux valgus ou “joanetes”, como são popularmente conhecidos, são a deformidade mais comum do antepé, podendo provocar dor no pé e incapacidade progressiva ao caminhar, com deformação do calçado. A sua origem é multifatorial, com fator hereditário importante, com incidência maior nas mulheres, contudo também afeta o sexo masculino, sendo que nestes casos está muitas vezes relacionada com lesões ligamentares capsulares ou laxidez ligamentar.

 

Do ponto de vista biomecânico, o pé do Ser Humano está preparado para apoiar 50% da carga no 1º dedo e os demais 50% das cargas são distribuídos pelos dedos menores. Quando um doente tem joanete essa distribuição de cargas é feita de forma anómala, causando deformidade progressiva não só do 1º dedo, com queixas dolorosas, mas também ao nível do 2º e 3º dedos, coexistindo muitas vezes dor plantar no antepé ao caminhar, deformidade dos dedos (dedos em garra), levando por vezes ao aparecimento de Neuromas de Morton (espessamento de um nervo que passa entre os dedos do pé). Menos frequente na nossa sociedade, o joanete do 5º dedo (Quintus Varus ou “joanete de Sastre”) também é fonte de dor e incapacidade com conflito com uso de calçado.

 

Em ambos os casos o tratamento de joanetes inicialmente consiste em analgésicos e anti-inflamatórios, não estando comprovado que os protetores de joanete/ortóteses em silicone melhorem as queixas nem o curso da doença.

 

O joanete tem cura e o único tratamento eficaz é o cirúrgico, que, com as técnicas atuais cada vez menos invasivas, têm excelentes resultados.

 

Mitos: o joanete pode voltar? A cirurgia dói muito? A recidiva existe, mas é extremamente baixa. O segredo está em, dentro das inúmeras técnicas existentes descritas na literatura, ajustar caso a caso, de acordo com as queixas individualizadas de cada doente, assim como escolher a técnica correta para corrigir a deformidade existente. Com os avanços nos materiais e técnicas utilizadas, os procedimentos são cada vez menos dolorosos, tendencialmente menos invasivos e mais eficazes. A título de exemplo, a técnica percutânea apenas com 3 “furinhos” nem leva pontos.

 

Pós operatório habitual:

 

  • A cirurgia de joanete é feita em ambulatório ou com um dia de internamento;
  • O doente sai do Hospital a andar pelo próprio pé (com apoio de canadianas, se necessário);
  • Retira os pontos no 15º dia após a operação (a técnica percutânea não leva pontos);
  • Uso de sapato apropriado durante 1 mês, para caminhar de forma mais cómoda;
  • Não necessita de fisioterapia ao pé.

 

Se tem um joanete com dor recorrente, deve consultar um Ortopedista Especializado em Pé e Tornozelo, com vista a uma avaliação clínica e individualizada. O exame auxiliar de diagnóstico fundamental é a Radiografia de ambos os pés em carga, com recurso à Ressonância Magnética nos casos de dor ou deformidade do 2º dedo (rotura da placa plantar, por exemplo) ou dor sob os metatarsianos centrais (existência de Neuromas de Morton associados).

 

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“Joanetes”: mitos e realidades

 

 

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