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COVID-19 de longa duração

publicado em 02 Set. 2021

A evolução da pandemia COVID-19, com a chegada de novas variantes, continua a colocar imensos desafios no nosso dia-a-dia. Pese embora a maioria dos doentes recupere integralmente ao fim de alguns dias, em muitas pessoas os sintomas persistem mais do que um mês após o diagnóstico inicial da doença ou surgem de novo semanas após a infeção.

 

As mulheres, os idosos e as pessoas com outras patologias (cardiovasculares, respiratórias, entre outras) têm risco acrescido. Mas a COVID-19 de longa duração pode afetar qualquer pessoa, incluindo quem teve doença ligeira ou assintomática.

 

O SARS-COV-2, apesar de ser um vírus respiratório, tem a capacidade de atingir qualquer órgão. Nesse sentido, na COVID-19 de longa duração as queixas mais frequentes são:

 

  • Cansaço;
  • Dificuldade em respirar;
  • Dor torácica;
  • Palpitações;
  • Tosse;
  • Alterações da memória, da concentração ou do sono;
  • Dor de cabeça;
  • Perda do olfato ou paladar;
  • Dor abdominal ou articular.

 

Estes sintomas, além de potencialmente incapacitantes, podem gerar mais angústia no ambiente familiar e laboral.

 

No caso da perigosa relação entre a COVID-19 e doença cardíaca, os estudos científicos têm mostrado observações relevantes. Doentes com patologia cardíaca prévia ou fatores de risco cardiovascular, como hipertensão, obesidade, diabetes, apresentam pior prognóstico quando infetados. Por outro lado, cerca de um terço dos doentes hospitalizados por COVID-19 têm evidência de atingimento cardíaco pelo vírus, o que se reflete num maior risco de sofrer complicações a curto e longo prazo. Mesmo pessoas aparentemente curadas continuam em risco de sofrer arritmias potencialmente graves, insuficiência cardíaca ou trombo-embolismo vascular.

Como demonstrado num estudo alemão, em 100 pessoas recuperadas da infeção SARS-CoV-2 e submetidas a uma ressonância magnética cardíaca 78% apresentavam atingimento cardíaco e 60% tinham inflamação ativa do músculo do coração.

Dadas as implicações, o rastreio de envolvimento cardíaco residual em doentes recuperados da COVID-19, sintomáticos ou não, é vivamente recomendado. Sempre que indicada, a realização de eletrocardiograma, ecocardiograma e estudo analítico seguidos de técnicas mais diferenciadas, como a ressonância magnética cardíaca, permitem uma avaliação abrangente destas situações.

 

No Grupo Trofa Saúde encontra uma equipa de Cardiologia experiente e disponível, bem como acesso a todos os meios complementares de diagnóstico do foro cardiovascular necessários para o estudo dos seus sintomas e na orientação terapêutica.