Skip to main content

DPOC: do diagnóstico precoce à prevenção de exacerbações

publicado em 23 Jan. 2022

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) afeta mais de 800 mil pessoas em Portugal e representa a terceira causa de morte no Mundo. Esta doença afeta 14% da população acima dos 40 anos, mas apenas 1% estão diagnosticados.

 

O que é a DPOC? Quais são as causas?

 

A DPOC é uma doença respiratória progressiva, prevenível e tratável, que se carateriza pela obstrução das vias aéreas e tem como causas principais o tabagismo e a exposição crónica a gases, fumos ou poeiras. Os sintomas da DPOC incluem tosse, expetoração e dispneia (falta de ar) e o diagnóstico é feito através de um teste respiratório simples e não invasivo – a espirometria – que mede a quantidade de ar que entra e saí do pulmão e a rapidez com que o ar circula. Além de permitir fazer o diagnóstico, a espirometria afere também a gravidade da doença e a sua progressão ao longo dos anos.

 

Os doentes com DPOC têm frequentemente associadas outras doenças, por exemplo, do foro cardíaco ou musculosquelético. O seu diagnóstico conjunto deve ser feito precocemente, para minorar o seu impacto no controlo da doença respiratória e, consequentemente, a mortalidade associada à DPOC.

 

O que são agudizações da doença? Podem ser prevenidas?

 

As exacerbações da DPOC definem-se pelo agravamento dos sintomas respiratórios (agravamento da falta de ar e da tosse, aparecimento ou aumento da quantidade de expetoração ou pieira) e pela necessidade de escalar o tratamento habitual. Dependendo da sua gravidade, pode ser necessário internar o doente com DPOC durante estes episódios e o seu aparecimento interfere com a qualidade de vida do doente, favorece a redução da função respiratória e aumenta o risco de morte.

 

As exacerbações da DPOC surgem frequentemente como resultado de infeções, víricas ou bacterianas, sobretudo nesta altura do outono/inverno, bem como do incumprimento da terapêutica recomendada.

 

A prevenção das agudizações e o bom controlo da DPOC passam pela adesão à terapêutica, com uso adequado dos dispositivos inalatórios, pela cessação tabágica, pela prática de atividade física, de acordo com as recomendações médicas e pela vacinação antigripal, antipneumocócica e contra a COVID-19.

 

Na DPOC, o diagnóstico precoce e a prevenção são essenciais!