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Enfarte Agudo do Miocárdio: saiba como reconhecer e prevenir

publicado em 06 Out. 2021

Faz hoje uma semana que se celebrou, a 29 de setembro, o Dia Mundial do Coração. Esta iniciativa surgiu em 1999, com o apoio da Organização Mundial de Saúde, tendo como intuito a consciencialização das pessoas para as doenças cardiovasculares, que neste momento constituem a principal causa de morte a nível mundial. O tema deste ano (“Use Heart to Connect”) visa promover a utilização dos meios digitais para melhorar o conhecimento, prevenção e adequado tratamento das doenças do coração.

 

De entre as doenças cardiovasculares, o enfarte agudo do miocárdio (vulgarmente conhecido como ataque cardíaco) é das principais causas de morte em Portugal. Ocorre quando existe uma obstrução abrupta do fluxo sanguíneo, geralmente provocada pela rutura de uma placa de aterosclerose e formação de um coágulo dentro da artéria que leva sangue ao coração (coronária).

 

O reconhecimento precoce desta entidade é essencial para o tratamento eficaz e sobrevivência do doente. Por esta razão, devemos todos estar familiarizados com os sintomas associados ao enfarte agudo do miocárdio, nomeadamente: sensação de dor, opressão ou peso no peito (com possível irradiação para os braços, costas ou mandíbula), mal-estar geral, suores frios, náuseas, vómitos e dificuldades a respirar.

Perante a suspeita de um enfarte agudo do miocárdio, deve-se sempre ligar ao 112. Deste modo, se se confirmar o diagnóstico, é ativada a via verde coronária e feito o transporte de forma rápida e segura para o hospital mais próximo com capacidade para oferecer o tratamento adequado. Durante um enfarte, o doente pode sofrer arritmias fatais pelo que não se deve ir para o hospital pelos próprios meios.

Mais importante ainda do que reconhecer os sintomas sugestivos de um enfarte, é saber como preveni-lo. Hoje em dia sabe-se que a forma mais eficaz de combater as doenças cardiovasculares é mesmo a prevenção. Existem uma série de fatores de risco modificáveis que aumentam a probabilidade de vir a ter um enfarte, sendo os mais importantes: tabagismo, colesterol elevado, hipertensão arterial, diabetes, excesso de peso e stress. Cada um de nós pode reduzir drasticamente a possibilidade de vir a ter um evento cardiovascular mediante a adoção de um estilo de vida mais saudável: fazer exercício físico aeróbico 150 a 300 minutos por semana, seguir uma dieta mediterrânica, com restrição de sal e gorduras saturadas, não fumar, não beber bebidas alcoólicas e perder peso, se necessário.

 

Para além disso, deve ser realizado um check-up regular no médico (principalmente a partir dos 40 anos no homem e 50 anos na mulher), para avaliação da tensão arterial, níveis de colesterol e açúcar no sangue e despiste de eventuais sintomas sugestivos de doença cardíaca isquémica.