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Estenose da coluna lombar: quando as costas doem e custa caminhar

publicado em 30 Out. 2021

A estenose da coluna vertebral consiste no estreitamento dos espaços por onde passam a medula e/ou os nervos que se estendem pelo seu interior e que pode afetar a qualquer nível ao longo do seu trajeto.

 

Quando este estreitamento ocorre a nível da coluna lombar (zona inferior das costas) falamos em canal lombar estenótico. Esta é a forma mais frequente de estenose da coluna.

 

Frequentemente, a causa deste estreitamento é o desgaste da coluna associado à idade (artroses), mas também pode estar associado à presença de hérnias discais ou engrossamento dos ligamentos. Outras causas de estenose podem ser congénitas, traumáticas ou associadas à presença de tumores.

 

Muitos doentes não apresentam sintomas associados a esta entidade patológica e, quando aparecem, ocorrem de forma progressiva e agravam com o tempo. Os doentes queixam-se, habitualmente, de parestesias (formigueiros) nas pernas ou pés, sensação de “encortiçamento” associada e de falta de força nos membros inferiores.
Estas queixas agravam, normalmente, ao caminhar ou permanecer em pé e melhoram quando estão sentados ou deitados. É frequente que os doentes se queixem de dificuldade em caminhar mesmo em trajetos curtos.

 

O primeiro passo para diagnosticar esta doença é realizar uma revisão cuidadosa da história clínica do doente acompanhada de uma avaliação física e neurológica.

 

A Ressonância Magnética e a Tomografia Computorizada permitem avaliar o estado do canal e grau de compressão das estruturas nervosas.

 

Quando a doença evolui e não é tratada, pode chegar a provocar uma grave perda de mobilidade nos membros inferiores, dificuldade em urinar e perda de sensibilidade nas pernas.

 

Numa fase inicial da doença, o tratamento pode ser conservador, com medicação para o tratamento da dor e fisioterapia. Quando os sintomas são graves, interferem com a qualidade de vida ou não respondem ao tratamento, normalmente, é aconselhada a cirurgia.

 

A cirurgia realizada com mais frequência é a descompressão simples. Esta cirurgia consiste na remoção dos ligamentos e da parte do osso responsável pelo estreitamento. Hoje em dia estes procedimentos são realizados pelos neurocirurgiões com ajuda do microscópio cirúrgico, o que permite abordagens menos invasivas, com menor agressão para os músculos, incisões pequenas e recuperações mais rápidas.