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Jejum intermitente. Será assim tão bom ou tão mau?

publicado em 17 Abr. 2022

O jejum intermitente é, de momento, um dos temas de saúde e nutrição mais falados em todo o mundo, levando a que cada vez mais doentes questionem a sua utilidade e aplicação quando procuram uma consulta de Nutrição.

 

Quando falamos de jejum intermitente não estamos a falar de um tipo de dieta “milagrosa”, mas de um regime alimentar que implica ficar algumas horas do dia sem comer, numa tentativa de perda mais rápida de peso.

Mas será esta prática benéfica ou maléfica?

 

São várias as possibilidades para colocar em prática o jejum intermitente, mas a ideia global, nas várias versões, será a de comer normalmente durante alguns dias e reduzir as calorias ingeridas nos outros dias.

Estas são algumas das abordagens possíveis ao jejum intermitente:

 

  • Jejum em dias alternados – durante um dia faz-se uma dieta normal e no dia seguinte jejua-se completamente ou só se ingere uma pequena refeição;
  • Jejum 5:2 – faz-se uma dieta normal em cinco dias da semana e jejum nos outros dois dias;
  • Jejum diário com restrição de tempo (16/8) – pode comer-se normalmente, mas apenas dentro de um período de 8 horas/dia. É o mais utilizado, já que é o mais fácil de pôr em prática.

Há, então, benefícios em fazer jejum intermitente?

 

Vários estudos demonstram que apresenta benefícios para a proteção de determinadas doenças (regular níveis de colesterol e triglicerídeos, prevenir tensão arterial alta, perda de gordura e volume…). Ao reduzir a ingestão calórica, podemos apresentar perda de peso desde que não compensemos comendo de mais durante os períodos de ingestão alimentar, sendo fundamental manter uma dieta saudável e equilibrada nos dias ou horas sem jejum.

O que pode fazer para tirar maiores benefícios do jejum intermitente?

 

Manter-se hidratado ao longo do dia com água, chá ou café sem adição de açúcar; descansar e relaxar, evitando atividades físicas extenuantes nos dias de jejum; manter-se ocupado, para evitar pensar em comida. Depois do jejum, deve escolher alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais, para que ajudem a manter estáveis os níveis de açúcar no sangue e prevenir deficiências nutricionais, que poderão levar a vários problemas de saúde.

 

Mas nem tudo são virtudes… Poderá ter efeitos secundários, como fome, fadiga, fraqueza, insónias, náuseas e dores de cabeça. Estes efeitos poderão ser temporários até que o corpo se adapte ao novo esquema alimentar.

 

De salientar que o jejum não é apropriado a todos, já que doentes diabéticos, doentes com perturbações alimentares, grávidas ou mulheres a amamentar ou a tentar engravidar e crianças não o deverão pôr em prática.

 

O jejum alimentar é um processo individual, e por isso deverá consultar um especialista na questão, para ter um correto acompanhamento. Nos Hospitais Trofa Saúde encontra equipas de Nutricionistas preparadas para lhe darem os devidos conselhos e acompanhamento personalizado.