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Lesões de cartilagem do tornozelo: tratamento artroscópico

publicado em 12 Fev. 2021

As entorses do tornozelo são a lesão desportiva mais comum, sendo também muito frequentes na população geral e mesmo em pessoas sedentárias. Está, muitas vezes, associada a laxidez ligamentar, podendo ocorrer numa simples queda na via pública ou então durante a prática de atividade desportiva.

 

A maioria das entorses do tornozelo tem curso benigno, contudo, nos casos mais graves, cerca de 10 a 30%, pode ocorrer rotura de ligamentos do tornozelo, a dor pode ficar persistente e levar a instabilidade (sensação de que o “pé falha”). Especificamente nestas situações, está indicada a realização de Ressonância Magnética, quer para avaliação do estado ligamentar, quer para avaliar lesões da cartilagem articular, presença de corpos livres ou osteófitos.

 

As lesões osteocondrais do tornozelo podem ocorrer no plafond tibial ou, mais frequentemente, na cúpula do astrágalo. Estas lesões têm um espetro de sintomas muito variado, podendo ser assintomáticas, mas também, por vezes, muito dolorosas e incapacitantes para o doente. O seu tratamento é desafiante, exigindo uma correta avaliação por um Ortopedista Especializado em Pé e Tornozelo.

 

Nos casos de falência do tratamento conservador e se o doente mantiver dor, o tratamento cirúrgico está indicado. Este consiste num conjunto de diferentes técnicas, como microfraturas ou microperfurações, para as lesões de pequenas dimensões (<1cm2); mosaicoplastia ou uso de cartilagem sintética para tratamento das lesões de maiores dimensões (>3cm2). Se algumas dessas lesões só podem ser tratadas por via aberta, atualmente a sua abordagem é preferencialmente por via artroscópica.

 

 

 

Com as técnicas atuais, estas cirurgias são, preferencialmente, minimamente invasivas, podendo ser realizadas, no mesmo tempo cirúrgico, se necessário, a reconstrução ligamentar, também por via artroscópica.

 

Trata-se, portanto, de tratamentos diferenciados no âmbito da traumatologia desportiva, com bons resultados, permitindo um retorno rápido ao quotidiano e à atividade desportiva de impacto pelo 2º ou 3º mês pós-operatório.