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Periodontologia: diga não às gengivas que sangram

publicado em 24 Jan. 2021

A Periodontologia é o ramo da Medicina Dentária responsável pelo diagnóstico, prevenção e/ou tratamento das doenças periodontais.

 

As doenças periodontais, ou seja, dos tecidos que estão à volta dos dentes, em que as mais frequentes são a Gengivite e a Periodontite, ambas de natureza inflamatória em que a causa principal pode ser a presença de placa bacteriana.

 

Estima-se que 3 em cada 4 adultos sejam afetados por alguma forma de doença periodontal, contudo, de acordo com diversos estudos, apenas 5% a 20% da população parece sofrer das formas mais severas.

 

Nos casos de Gengivite, é possível observar que a sua etiologia está relacionada principalmente com maus hábitos de higiene oral e que apenas a parte da gengiva à volta do dente é afetada; a Gengivite é caracterizada por hemorragia, edema (aumento de volume) e eritema (tom avermelhado).

 

Na Periodontite há afetação da gengiva, mas também do suporte ósseo em volta do dente. A sua origem está associada aos maus hábitos de higiene oral, bem como a outros fatores, tais como: genética, hábitos tabágicos, doenças sistémicas, entre outros. Os sinais mais frequentes são a hemorragia, que tanto pode estar presente na Gengivite como na Periodontite, a presença de supuração (pus), o mau hálito, que pode estar acompanhado de mau paladar na boca, a hipersensibilidade dentária, as alterações na posição dos dentes e a mobilidade dentária.

 

O diagnóstico diferencial das doenças periodontais é realizado após a recolha de informação clínica e radiográfica.

 

O tratamento destas doenças, especialmente da Periodontite, está dividido em várias fases, sendo que, na primeira fase, deve haver o controlo de fatores sistémicos como a diabetes e a redução/cessação de hábitos tabágicos, na fase seguinte é executado o tratamento de forma dirigida à causa, que tem por objetivo a remoção da placa bacteriana e dos cálculos (também designado de tártaro) da superfície dentária. Algumas semanas depois é feita uma reavaliação da situação periodontal do doente, de forma a definir a fase seguinte, que poderá ser a fase corretiva ou a fase de tratamento periodontal de suporte.

 

A fase corretiva consiste na correção das sequelas da doença, ou seja, pode estar indicada a realização de algumas intervenções cirúrgicas antes de seguir para aquela que é a última etapa. Etapa essa que consiste no tratamento periodontal de suporte, onde está compreendido o acompanhamento, a longo prazo, do doente. O intervalo de tempo entre as consultas desta fase deve ser determinado de acordo com os fatores de risco, de forma individualizada. Esta última fase deve ser encarada como rotina ao longo da vida, pois é sabido que a monitorização adequada é essencial para prevenção e/ou recorrência das doenças periodontais.