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Radiofrequência no tratamento das varizes dos membros inferiores

publicado em 27 Jun. 2018

A doença venosa crónica e as varizes dos membros inferiores, são um problema de saúde que afeta cerca de um terço da população portuguesa.

 

Além das alterações estéticas que estas condicionam, são fundamentalmente um problema de saúde pública, já que são causadoras de uma sintomatologia característica e não raras vezes incapacitante, bem como, são o fator predisponente para potenciais complicações: a flebite, a trombose venosa profunda, as alterações pigmentares da pele e eventualmente, o aparecimento de úlceras cutâneas.

 

O tratamento cirúrgico muito evoluiu ao longo dos últimos anos. A cirurgia clássica consiste na exérese cirúrgica das veias doentes, especialmente aquelas que motivadas por um mau funcionamento valvular, apresentam refluxo e levam a um aumento da pressão venosa que culmina com a dilatação de veias superficiais clinicamente evidentes.

 

Atualmente existem procedimentos minimamente invasivos que permitem atingir o mesmo objetivo final. Devido à sua eficácia, à excelência dos seus resultados e à praticamente inexistência de complicações, a radiofrequência é uma das técnicas mais utilizadas atualmente.

 

Sob constante controlo ecográfico intra-operatório no interior da veia a tratar, é introduzido um cateter que na sua parte mais distal, tem uma área que aquece (80-90º C) a parede interior da veia, provocando uma reação física que culmina com o estreitamento do diâmetro desta e a formação de trombo local, condicionando a total oclusão da veia de forma gradual e segmentar.

 

Isto permite substituir o método clássico de tratamento de varizes, em que as principais veias (veia safena interna e/ou externa) são retiradas cirurgicamente; evitando assim, incisões cirúrgicas nomeadamente na prega inguinal e na prega do joelho.

 

Independentemente de o doente estar sedado ou apenas sob anestesia local, o anestésico utilizado (mistura de anestésico local com soro frio – anestesia tumescente) tem como principal função separar e envolver a veia a tratar, permitindo que, quando o cateter inicia o processo de aquecimento, não condicione dor nem provoque qualquer lesão nas estruturas adjacentes (pele, nervo, músculo).

 

Necessariamente, algumas varizes tronculares (mais visíveis) que comunicam com a veia safena tratada, são retiradas cirurgicamente com micro incisões ou esclerosadas com espuma.

 

A deambulação precoce evita a formação de trombos noutras veias adjacentes, especialmente no sistema venoso profundo, sendo por isso um fator determinante na prevenção de potenciais complicações.

 

A ideia de que a cirurgia de varizes é algo agressivo, invasivo e debilitante, com pós-operatório longo e doloroso é algo que urge ser desmistificado.

 

Neste momento, não existe qualquer razão para que doentes com doença venosa crónica, com varizes dos membros inferiores ou insuficiência valvular do sistema venoso superficial, não possam ser tratados cirurgicamente de forma eficaz, segura e com resultados estéticos e funcionais ótimos, permitindo-lhes retomar a sua atividade normal rapidamente e sem qualquer tipo de sequela funcional ou cosmética.

 

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