A ecografia transfontanelar é um exame importante no diagnóstico e na caracterização de lesões cerebrais do recém-nascido. Pode ser requisitada pelo médico pela acessibilidade, facilidade de execução e por não ser realizado com radiação. É, por estes motivos, o método mais utilizado na avaliação do recém-nascido de risco, e em muitos casos, é o único método de diagnóstico necessário.
É, geralmente, pedido para avaliar recém-nascidos prematuros ou de termo, com complicações no período do parto (nomeadamente asfixia), défices neurológicos, infeções congénitas ou adquiridas (toxoplasmose, rubéola, herpes, citomegalovírus), suspeita de malformações e alterações do desenvolvimento e do perímetro cefálico para a idade.
Recorrendo à fontanela anterior (moleirinha), é utilizada uma sonda de ecografia apropriada para visualizar, as estruturas do parênquima encefálico. Deste modo, a ecografia transfontanelar só poderá ser realizada até ao ano de idade, altura após a qual ocorre encerramento da fontanela.
O exame é realizado com o bebé sossegado (por exemplo a dormir ou a mamar) no colo dos pais, de forma indolor. As imagens são gravadas com recurso a um ecógrafo para serem interpretadas pelo médico radiologista, de forma a ser realizado um relatório que será interpretado, à posteriori e no contexto clínico do bebé, pelo médico assistente.
Em alguns casos, pode ser necessário realizar ecografias seriadas, para caracterizar a evolução de algumas lesões encefálicas; e em casos mais complexos ou perante uma dúvida clínica, pode ser sugerido realizar estudo complementar com outros meios auxiliares de diagnóstico, como a Ressonância Cerebral.
