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Importância da Alimentação na Diabetes

publicado em 14 Nov. 2021

A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica considerada uma das principais causas de morbilidade e mortalidade. Atualmente, representa um grave problema de saúde pública pela sua incidência crescente e elevada prevalência em todo o mundo. É uma doença metabólica caraterizada por um défice de produção e/ou ação da insulina, levando a níveis altos de açúcar no sangue (hiperglicemia).

 

Quando não controlada, a Diabetes causa, a longo prazo, complicações em vários órgãos, podendo mesmo levar a morte prematura. O diagnóstico precoce, seja pela presença dos sintomas da diabetes, seja pela presença de fatores de risco, nomeadamente o excesso de peso, história familiar de Diabetes, antecedentes de Diabetes gestacional, pré-Diabetes, colesterol elevado, é fundamental para um tratamento atempado.

 

Uma vez diagnosticada, a Diabetes pode ser controlada com a sinergia entre o tratamento farmacológico (antidiabéticos orais e/ou insulina) e a adoção de estilos de vida saudáveis. De facto, as escolhas alimentares do doente são fundamentais, tanto na prevenção como no controlo e tratamento da doença.

 

O papel do nutricionista é essencial em todo o tratamento e o objetivo final é sempre o de melhorar a qualidade de vida do doente e diminuir o risco de co-morbilidades. Na consulta de nutrição é recolhido todo o historial clínico, terapêutica farmacológica, avaliação antropométrica e alimentar, análise dos fatores de risco, para que, de forma individualizada, seja prestado o melhor acompanhamento nutricional.

 

Algumas recomendações são:
• No caso de existir cumulativamente outros fatores de risco, como o excesso de peso, dislipidemia ou hipertensão arterial, torna-se fundamental a elaboração de um plano alimentar personalizado, para garantir um bom controlo metabólico e um peso saudável.
• Privilegiar a ingestão de hidratos de carbono de baixo índice e carga glicémica e reduzir a ingestão de hidratos de carbono refinados, como o açúcar e produtos de pastelaria.
• Em doentes insulinodependentes, é essencial o apoio do nutricionista na contagem dos hidratos de carbono.
• Garantir as necessidades diárias de fibra, essenciais para controlar os níveis de glicemia, redução de colesterol, controlo da saciedade e do bom funcionamento intestinal.
• Consumir fontes de gordura de boa qualidade, como o azeite, frutos oleaginosos, sementes, abacate, assim como fontes de proteína animal e vegetal.
• Evitar alimentos processados, que potenciam o processo inflamatório do organismo e limitar o consumo de bebidas alcoólicas.
• Diminuir o consumo de sal adicionado e produtos de charcutaria, privilegiando o consumo de ervas aromáticas e especiarias.

 

Uma alimentação saudável, aliada a outras recomendações não dietéticas, como a prática regular de atividade física, a qualidade do sono, a gestão de stress, devem ser tida em consideração em todo o tratamento.