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Dorsalgias: dor na coluna

publicado em 30 Nov. 2021

A dorsalgia (dor na coluna dorsal) é uma situação causadora de incapacidade para o trabalho por períodos mais ou menos longos. Cerca de 70% da população terão alguma vez na sua vida tido um episódio, sendo mais frequente em adultos em idade ativa, embora possa surgir noutras idades. Na maioria dos casos podem ser tomadas medidas que previnem ou aliviam os episódios dolorosos.

 

A causa real da dor somente é detetada em 30% dos casos, pelo que são necessários exames complementares para excluir doença grave, porque a origem da dor pode ser na própria coluna ou até noutra parte do corpo. As causas mais frequentes das dorsalgias são posturas incorretas (graças ao trabalho com os computadores e telemóveis), o que acarreta sobrecarga das estruturas musculo-ligamentares e depois fraturas por traumatismo ou por osteoporose, infeções, tumores primários ou metástases, assim como patologias intratorácicas, intra-abdominais e vasculares, como aneurismas da aorta abdominal. A identificação da causa é fundamental para o adequado tratamento.

 

Perante uma dorsalgia, terá de ser colhida história clínica completa, pois os sintomas podem ir desde o simples desconforto, pontada, sensação de queimor a sintomas mais severos, que acordam o doente durante o sono, o que poderá traduzir lesão tumoral ou outra, mas sempre grave.

 

A má postura, falta de exercício físico, dorso plano e a osteoporose são alguns fatores predisponentes e a ansiedade e a depressão agravam a situação quando as dores se tornam crónicas.

 

Se há suspeita de uma condição específica para esclarecimento, deverá ser realizado estudo imagiológico, como Rx , TAC ou Ressonância, bem como um estudo analítico. Por vezes, e em casos raros, poderá ser realizada Cintigrafia Óssea, para despiste de tumor ósseo localizado noutros locais.

 

Após o diagnóstico, o tratamento dependerá da situação:

 

Para uma dor de curta duração e sem sintomas relevantes resultantes de sobrecarga postural, a medicação anti-inflamatória e relaxante é suficiente em 90% dos casos.

 

Nas outras situações, tudo dependerá da patologia subjacente, desde a medicação complementada com fisioterapia, osteopatia, etc… e até cirurgia, nos casos mais severos como tumores ou fraturas após traumatismo ou fraturas patológicas causadas por metástases ou por osteoporose, sendo realizada vertebroplastia ou cifoplastia, que consiste no preenchimento da vértebra colapsada com cimento para corrigir o achatamento da vértebra e complementada com parafusos e barras para maior estabilidade vertebral.