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Importância do acompanhamento nutricional nas Doenças Inflamatórias Intestinais

publicado em 27 Jun. 2022

As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crónicas que afetam o trato gastrointestinal, sendo a Doença de Crohn (DC) e a Colite Ulcerosa (CU) as principais formas.

A Doença de Crohn pode atingir todo o tudo digestivo (da boca até ao ânus), enquanto a Colite Ulcerosa atinge apenas o intestino grosso.

Em comum existe a dificuldade de diagnóstico, alguns sintomas e, apesar de as suas causas não serem conhecidas, sabe-se que o estilo de vida alimentar influencia as duas formas da doença.

 

Nos últimos tempos têm existido alguns diagnósticos de outra forma de DII, chamada de Colite Microscópica (CM), que causa diarreia crónica e aquosa.

Atualmente, estima-se que 25 mil portugueses possam sofrer de Doenças Inflamatórias Intestinais, essencialmente jovens entre os 15 e os 30 anos.

Contudo, têm existido diagnósticos tardios, entre os 60-65 anos, e um aumento considerável de casos em pediatria.

 

As pessoas que sofrem de DII têm mais risco de desenvolvimento de carências nutricionais devido à própria doença ou o seu tratamento. Como tal, a nutrição é primordial para garantir o estado nutricional do doente e consequentemente melhorar os sintomas associados, através de alimentação e/ou suplementação nutricional.

 

Estes sintomas podem variar entre náuseas, vómitos, anorexia, desconforto intestinal, diarreias/obstipação, etc… Estes doentes não necessitam propriamente de dietas específicas. Contudo, devem ser ajustadas conforme as fases de doença (ativa ou remissiva) e os sintomas associados, focando o cuidado no aporte vitamínico, mineral e de líquidos.

A alimentação certa e/ou suplementação irão melhorar a microflora intestinal e ter um efeito probiótico e anti-inflamatório.

Alguns destes doentes podem ter ou desenvolver algumas intolerâncias alimentares a determinados alimentos ou simplesmente pode haver necessidade de eliminação de alimentos específicos numa fase ativa de doença, pois estão associados à exacerbação dos sintomas.

 

Em suma, a alimentação é considerada um fator que pode desencadear a doença e é parte integrante do tratamento da mesma.

 

Como tal, o acompanhamento nutricional adequado nestas patologias é crucial na prevenção, melhoria de sintomas e tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais.