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Laqueação das trompas de Falópio: tudo o que precisa de saber

publicado em 19 Jun. 2022

A laqueação tubária é um método de esterilização cirúrgica definitivo. O objetivo desta técnica cirúrgica é provocar a oclusão das trompas de falópio, impossibilitando o transporte dos óvulos e o contacto com os espermatozóides. Pode ser realizada através da destruição, por electrocoagulação, seção ou laqueação das trompas de Falópio com anéis.

A salpingectomia bilateral é um procedimento cirúrgico cada vez mais utilizado pela associação a uma redução do risco de carcinoma do ovário e consiste na remoção total ou parcial das trompas de falópio. A taxa de eficácia da laqueação tubária/salpingectomia é superior a 99%.

Todas as mulheres saudáveis são elegíveis para laqueação tubária/salpingectomia. A laqueação tubária/salpingectomia está indicada quando a mulher não pretende engravidar, de forma definitiva. De acordo com a Legislação Portuguesa, a esterilização voluntária e definitiva só pode ser praticada por maiores de 25 anos.

A laqueação tubária/salpingectomia pode ser efetuada durante uma cesariana (laqueação per-cesariana, realizada pela mesma incisão) ou por laparoscopia ou minilaparotomia. A laparoscopia é o método de eleição, pois associa-se a menor dor pós-operatória, recuperação mais rápida e permite inspecionar a cavidade pélvica e diagnosticar ou tratar outras patologias.

Comparando com outros métodos de contraceção, a laqueação tubária/ salpingectomia permite uma contraceção segura e eficaz, tem poucos riscos para a saúde da mulher e não interfere com a amamentação. No entanto, é uma cirurgia com necessidade de intervenção no bloco operatório e anestesia geral, com riscos cirúrgicos inerentes às técnicas (inferior a 1%) e maior risco de gravidez ectópica (fora do útero) no caso de falha do método (3 a 7 por cada 1000 mulheres).

Importante realçar que não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis (ao contrário do preservativo), não controla alterações do padrão menstrual (ao contrário dos métodos hormonais) e é um método definitivo (ao contrário dos métodos hormonais e preservativo).

Não existe associação entre esterilização definitiva e idade mais precoce da menopausa, alterações do padrão menstrual ou diminuição da função sexual.