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O papel da Psicologia na promoção da Saúde Mental

publicado em 07 Jan. 2020

Os contínuos avanços na medicina, os progressos alcançados a nível tecnológico e social e o aprimorar das medidas de saúde pública possibilitaram ao ser humano o alcance de uma melhor qualidade de vida. Contudo, a sua visão perante este conceito ainda é, nos dias que correm, ligeiramente reducionista.

 

Comummente percebemos que o designar de boa qualidade de vida está ligado, de forma errónea, ao fator “ter mais”, nomeadamente de bens materiais.

 

Mas para falar de qualidade de vida é obrigatório falar de saúde, nomeadamente de saúde mental, na medida em que é parte integrante do ser humano.

 

A Organização Mundial de Saúde define saúde mental como “o estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas capacidades e potencial, pode fazer face ao stresse normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e contribuir para a comunidade em que se insere” (OMS, 2002).

 

Neste sentido, saúde mental não remete apenas para a ausência de doença, mas também como uma situação de bem-estar físico, mental e social. Na medida em que somos seres idiossincráticos, ou seja, seres distintos, com características próprias, o sentimento de bem-estar nos vários domínios é diferente. O conceito de saúde não é igual para todos, depende de pessoa para pessoa e dos contextos económicos, sociais, culturais e políticos onde se encontra inserido.

 

A par do que foi referido anteriormente, é fundamental ressalvar que ninguém é imune ao risco da falta de saúde mental.

 

É importante destacar que 12% das doenças em todo o mundo são do foro mental, valor que sobe para os 23% nos países desenvolvidos. Em Portugal, mais de um quinto dos portugueses sofrem de uma perturbação mental (22,9%) e é o segundo país com maior prevalência de doenças mentais da Europa.

 

Entre as perturbações mentais, a Depressão e as Perturbações de Ansiedade são as mais presentes na população portuguesa.

 

As perturbações mentais tornaram-se, nos últimos anos, na principal causa de incapacidade e numa das principais causas de morbilidade nas sociedades. Apesar de Portugal ser o segundo país da Europa com maior prevalência de doenças mentais, é importante desmistificar crenças como: as doenças mentais não têm cura e que não há nada a fazer. Os tratamentos psicoterapêuticos, assim como os farmacológicos, demonstram o contrário. Estes são bastante eficazes e melhoram muito a qualidade de vida dos doentes.

 

O acompanhamento psicológico/psicoterapêutico permite ajudar o doente a tomar consciência da origem dos seus problemas, promovendo mudanças que podem influenciar positivamente as principais áreas da vida, nomeadamente na família, na sua profissão, na sua saúde e no seu bem-estar interior. Paralelamente, ajuda o doente a lidar de uma forma mais adaptativa com situações dolorosas do passado ou do presente, promovendo assim alterações do seu comportamento, conduzindo a uma maior consciencialização do seu “Eu” (de si próprio/a) e aumento do seu bem-estar.

 

Para uma melhor qualidade de vida é importante zelar pela sua saúde mental! Na presença de doença mental, procure apoio através do Serviço de Psicologia do Trofa Saúde Hospital.