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Prótese da Anca Dolorosa: o que precisa de saber

publicado em 20 Jan. 2022

A Artroplastia Total da Anca (ou Prótese da Anca) foi considerada a cirurgia do século XX, devido à sua elevada taxa de sucesso, ao impacto na qualidade de vida, ao rápido retorno às atividades do dia a dia e também ao baixo índice de complicações associadas.

 

Estima-se que nos Estados Unidos da América sejam realizadas cerca de 400 000 próteses da anca todos os anos, sendo que este número tende a crescer, estimando-se que em 2030 poderá atingir as 600 000. Trata-se, portanto, de um procedimento cada vez mais frequente.

 

Como qualquer outra cirurgia, a Prótese Total da Anca não é isenta de riscos ou complicações e em raros casos o resultado pode não ser o ideal. Dentro dos sintomas mais frequentemente associados a um resultado cirúrgico insatisfatório: a dor crónica surge com maior frequência e a claudicação (mancar ou coxear) em segundo lugar.

 

Das causas mais frequentes para uma Prótese da Anca Dolorosa, destacamos a infeção, a complicação mais complexa, o descolamento ou desgaste da prótese, ou o mau posicionamento dos componentes protésicos.

 

Uma Prótese da Anca Dolorosa deve ser motivo para observação criteriosa e exaustiva por uma equipa médica especializada neste tipo de patologia, complementada por exames complementares de diagnóstico, como TAC, Cintigrafia Óssea, entre outros.

 

Após o apuramento do diagnóstico, um leque diverso de tratamentos pode ser oferecido ao doente. No caso de infeção, se esta for aguda, o tratamento poderá passar apenas por uma limpeza cirúrgica e um período prolongado de antibioterapia (administração de antibiótico). Já se a infeção for crónica, o tratamento passará tendencialmente por uma revisão da prótese em dois tempos, ou seja, extração da prótese infetada, um período com uma prótese provisória e, após a confirmação da cura da infeção, a aplicação de uma nova prótese definitiva. Quando o doente apresenta uma prótese descolada/desgastada ou mal posicionada, o tratamento passará pela revisão dos componentes da prótese afetados.

 

Outra causa frequente é a fratura periprotésica, ou seja, quando o osso que sustenta a prótese sofre uma fratura após um traumatismo. Perante este quadro, existem duas soluções possíveis: a revisão da prótese, nos casos em que esta se encontra “descolada” do osso, ou então a fixação da fratura com material apropriado –“placas, parafusos e cabos” –, quando a prótese se encontra bem integrada no osso.

 

Cada caso deve ser avaliado individualmente, respeitando as particularidades de cada situação clínica. De realçar que quanto mais precoce for o tratamento, maior a probabilidade de sucesso, com menos taxas de complicações ou de resultados insatisfatórios.

 

O Trofa Saúde Hospital da Trofa tem uma equipa dedicada ao tratamento de patologia da anca, constituída pelo Dr. Roberto Couto e pelo Dr. João das Dores Carvalho.