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Urologia. Importa-se de repetir?

publicado em 27 Jul. 2020

A Urologia é uma especialidade médica e cirúrgica que se dedica ao diagnóstico e tratamento das patologias, quer benignas, quer malignas, do aparelho urinário masculino e feminino (rins, ureteres, bexiga e uretra), e do aparelho reprodutor masculino (próstata, vesículas seminais, ductos deferentes, testículos, epidídimos e pénis).

 

Esta especialidade nasceu do “tronco comum” da Cirurgia Geral, fruto do vasto conhecimento adquirido sobre os aparelhos urinário e genital, bem como pelo desenvolvimento de meios e técnicas, de diagnóstico e terapêutica, de grande complexidade.

 

São várias as doenças que afetam os órgãos uro-genitais, desde as malformações congénitas, às infeções, à litíase (“pedras nos rins”), à hiperplasia benigna da próstata, à incontinência urinária (masculina e feminina) e ainda às doenças tumorais malignas. O urologista também estuda e trata as doenças do foro sexual masculino (por ex.: disfunção erétil, perturbações da ejaculação…) e integra as equipas multidisciplinares na área da infertilidade. Compete ainda ao urologista, o estudo e tratamento de problemas que afetam o aparelho urinário resultantes de doenças e/ou de tratamentos de outros órgãos (por ex.: doenças inflamatórias e de tumores do intestino, tumores do aparelho genital feminino, doenças do sistema nervoso…).

 

O estudo das doenças urológicas exige muitas vezes a realização de técnicas de grande diferenciação como o estudo urodinâmico (estudo funcional da bexiga); a endoscopia (visualização direta do interior da uretra – uretroscopia, da bexiga -cistoscopia, dos ureteres – ureteroscopia ou das cavidades renais – nefroscopia); a biópsia prostática (para diagnóstico do cancro da próstata); a ecografia com doppler do pénis (para estudo da disfunção erétil); entre outros.

 

Algumas das doenças urológicas são tratadas com fármacos, outras com técnicas especiais (por ex.: a litotrícia extracorporal para alguns casos de cálculos urinários, a implantação de sementes radio-ativas – braquiterapia- em alguns casos de cancro da próstata…) e outras com recurso a cirurgia. São muitas as técnicas disponíveis desde a cirurgia “clássica” (ou “a céu aberto”), à cirurgia endoscópica, à cirurgia laparoscópica e à cirurgia robótica. O uso de instrumentos flexíveis e de pequenas dimensões em conjunto com tecnologias como o laser e os ultrassons possibilita a realização de complexos procedimentos cirúrgicos através de orifícios naturais para tratamento de patologias da uretra, da próstata, da bexiga, dos ureteres e dos rins, sem estarem associadas quaisquer cicatrizes.

 

A Urologia assume-se nos nossos dias como uma especialidade muito vocacionada para a investigação e inovação, e com um vasto campo de atuação clínica, desde a realização de meios complementares de diagnóstico a tratamentos minimamente invasivos.