O que é a Obesidade?
A obesidade é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma acumulação anormal ou excessiva de gordura corporal que pode afetar o estado de saúde.
A prevalência da obesidade a nível mundial tem aumentado de forma considerável nas últimas décadas, sendo considerada pela OMS como “a epidemia global do século XXI”.
Esta, é definida com base no índice de massa corporal (IMC), sendo considerada obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30.
Prevalência da Obesidade
A prevalência da obesidade tem vindo a aumentar de forma alarmante em várias partes do mundo. De acordo com dados de 2023 da Federação Mundial da Obesidade, mais de 2,6 mil milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de excesso de peso ou obesidade, e este número poderá ultrapassar os 4 mil milhões até 2035.
Em Portugal, estima-se que 28,7% da população adulta seja obesa, e mais de 67% apresentem excesso de peso.
Riscos Associados
A presença de excesso de gordura corporal, está associado a um estado inflamatório crónico que por sua vez favorece o aumento do risco e agravamento de doenças cardiovasculares, metabólicas (com especial destaque a diabetes tipo 2), respiratórias, osteoarticulares e oncológicas.
Causas
É importante entender que a sua origem pode ser multifatorial, ou seja, resulta de combinação de fatores genéticos, comportamentais, sociais e ambientais.
- Uma dieta desequilibrada com consumo desajustado de calorias perante as necessidades do individuo, favorece o aumento de peso.
- A falta de atividade física regular e o sedentarismo contribuem para um baixo dispêndio energético.
- O estado emocional frágil como a ansiedade, baixa autoestima e depressão pode levar ao refúgio na alimentação em busca do conforto e recompensa que os alimentos podem trazer.
- A predisposição genética também tem impacto, no entanto, não pode servir de desculpa nem impossibilitam o individuo de ter um peso e composição corporal com menos risco para a saúde.
Como pode ser prevenida e tratada?
A sua prevenção deve começar desde cedo, pois será mais difícil, mas não impossível, na vida adulta de ser tratada.
Ter uma alimentação equilibrada, com a presença de horto frutícolas, cereais integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis são um bom ponto de partida. Acrescentar a praticar exercício físico (150 minutos por semana, segundo a OMS) e controlar o ambiente que nos rodeia são estratégias igualmente eficazes.
No entanto, é importante evitar fundamentalismos. Uma alimentação saudável não significa uma restrição extrema ou sentimento de culpa ao comer algo fora do habitual. A regra do 80-20 pode ser uma excelente estratégia: 80% do tempo fazer o desejável e expectável, e 20% para momentos de lazer, como um almoço de família ou um jantar de aniversário.
O objetivo não é uma perfeição que nunca chegará, mas sim a consistência ao longo do tempo. Pequenas mudanças serão sempre mais eficazes do que dietas restritivas que dificilmente se mantêm a longo prazo e poem em causa a nossa saúde.
Prevenir a obesidade é essencial para garantir uma vida mais longa e saudável para todos.