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Artrose da Base do Polegar: “Rizartrose”

publicado em 04 Nov. 2021

A artrose da base do polegar, conhecida como “rizartrose”, é um dos problemas mais frequentemente encontrados na população ativa. Trata-se de um processo degenerativo que provoca o desgaste da cartilagem e da articulação da base do polegar. Afeta, maioritariamente, mulheres a partir dos 40 anos, com uma incidência estimada de cerca de 20%, mas que aumenta substancialmente com a idade e sobretudo no período pós-menopausa. Indivíduos com atividade relacionada com uso frequente e repetitivo do polegar são também especialmente afetados.

 

Os sintomas característicos são, habitualmente, a dor na base do polegar que impossibilita tarefas simples da vida diária, tais como rodar as chaves de uma porta, abrir um frasco, carregar pequenos objetos entre o polegar e a mão ou até mesmo escrever. É também comum a falta de força e de precisão, o que contribui fortemente para o aumento da incapacidade. Nos casos mais avançados, é usual notar-se uma deformidade ou “inchaço” na base do polegar que pode progredir com o tempo.

 

Perante a suspeita de rizartrose, recomenda-se a avaliação por um Médico Ortopedista que poderá realizar um exame físico completo e dirigido e prescrever os principais exames que permitam perceber qual o problema, nomeadamente a radiografia (“Rx”).

 

O tratamento da rizartrose deve ser individualizado e adequado a cada doente, às suas dificuldades e limitações, aos achados dos exames de diagnóstico e também à sua demanda funcional e expetativas. Numa grande parte dos casos, o tratamento “conservador” poderá ser uma solução e consiste em atitudes como: o repouso das atividades de esforço e repetitivas, o uso de ortóteses ou talas que diminuam o stress na articulação e promovam o conforto e o recurso a medicação analgésica ou anti-inflamatória. No entanto, a cirurgia surge, não raramente, como opção, quer nos casos mais avançados, quer nos casos em que não há uma melhoria efetiva com o tratamento prévio.

 

No universo da cirurgia, a decisão do melhor tratamento afigura-se, mais uma vez, muito particular para cada caso. Pode falar-se de tratamento artroscópico, de colocação de próteses, de estabilização do polegar com implantes sintéticos ou mesmo de cirurgias reconstrutivas com os ligamentos do próprio doente, entre outras. As escolhas são várias e largamente dependentes das queixas de cada doente e dos achados dos seus exames de diagnóstico. Contudo, o objetivo é comum: procurar que o doente se sinta sem dor, confortável e capaz de retomar a vida diária sem dificuldades.

 

Caso se sinta com os sintomas descritos previamente, não hesite: consulte o seu Médico Ortopedista. Só ele saberá estudar e orientar da melhor forma o seu problema.