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Corrigir a miopia

publicado em 05 Set. 2021

A miopia é uma alteração da graduação do olho que ocorre pelo facto de este ser demasiado grande ou a córnea (parte mais anterior e transparente do olho) ser muito curva. Tanto numa situação como noutra, as imagens não se focam onde deveriam, em cima da retina, mas à frente desta.

 

Os doentes apresentam uma visão desfocada para a distância e nítida para o perto. Os objetos distantes estão desfocados e os próximos nítidos. Outros sintomas que nos podem alertar para a existência da miopia são as dores de cabeça, o ardor ocular, o lacrimejo ou o cansaço visual. As crianças podem queixar-se de ver mal para o quadro ou podem aproximar-se muito da televisão. Esta situação pode corrigir-se com o uso de lentes com uma superfície côncava, óculos ou lentes de contacto, de forma a focar as imagens mais posteriormente, em cima da retina.

 

No entanto, o tratamento definitivo é cirúrgico e pode passar pela cirurgia laser ou pelo implante de uma lente intraocular. Com o laser (habitualmente, o LASIK ou o PRK) opera-se a córnea, de forma a alterar a sua curvatura, diminuindo-a e permitindo assim a focagem das imagens mais posteriormente, em cima da retina. É feita a remoção de uma pequena quantidade de tecido corneano central por ablação, com um laser Excimer, tornando-a mais plana.

 

Por vezes, o laser não é possível devido ao facto de a graduação ser muito elevada ou pela córnea ser muito fina, muito plana ou irregular, optando-se, nestes casos, pela inserção cirúrgica de uma lente intraocular. Nos doentes mais jovens é colocada uma lente fixa na íris ou entre a íris e o cristalino.

 

Nos outros doentes pode extrair-se a lente natural do olho, o cristalino e introduzir-se uma lente artificial com a potência correta, de forma a focar as imagens ao longe. Hoje em dia também se pode optar por lentes multifocais, que podem corrigir a visão de longe, de perto e intermédia.

 

Após estes procedimentos cirúrgicos a maior parte dos doentes fica com uma visão de 100% ou próxima, mas pode ser necessário, por vezes, o uso pontual de óculos, seja para ver televisão e conduzir, principalmente à noite. Próximo dos 45 anos são necessários óculos para leitura, nos casos em que não se opera o cristalino e introduz lentes multifocais.

 

As complicações são muito raras e habitualmente não são graves. Por vezes os olhos podem secar um pouco mais e pode ocorrer alguma dificuldade na visão noturna, halos e fotofobia. Estas situações habitualmente acabam por se resolver em semanas ou poucos meses.