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Obstrução nasal e desvio do septo

publicado em 01 Abr. 2018

A obstrução nasal crónica é um motivo de consulta muito comum em Otorrinolaringologia, e o desvio do septo nasal é uma das causas mais frequentemente diagnosticadas na idade adulta.

 

O septo nasal é a parede interna do nariz que o divide em duas passagens (as fossas nasais). É constituído por uma parte cartilagínea (mais anterior) e uma parte óssea (mais posterior). Existe um desvio do septo nasal quando este tem um formato anormal e não se encontra na linha média, bloqueando uma ou até, nalguns casos mais graves, as duas fossas nasais, reduzindo o fluxo aéreo da via nasal, e causando dificuldade respiratória.

 

Os desvios do septo nasal podem ser causados por traumatismos (na infância e/ou na idade adulta), iatrogenia (processo decorrente da toma inadequada de medicação, ou de procedimentos médicos), malformações congénitas, por complicação de infeção nasal grave; no entanto, muitas vezes não se consegue identificar o evento que originou o desvio do septo, sabendo-se que podem ocorrer microtraumatismos no período intrauterino, no parto e durante a infância, cuja repercussão será um desvio do septo.

 

Existem diferentes graus de desvio do septo com consequências diferentes: desde assintomáticos, a causarem graves implicações funcionais e até estéticas, com grande compromisso da qualidade de vida. O principal sintoma é a obstrução nasal crónica (dificuldade em respirar pelo nariz), que por sua vez pode diminuir a qualidade do sono, provocar cansaço diurno, facilitar a roncopatia e provocar a secura da boca. Outros sintomas descritos são cefaleias, formação de crostas no nariz e epistaxis (hemorragia pelo nariz) recorrentes. Associadamente podem ocorrer rinite ou rinossinusite crónicas por inflamação da mucosa nasal e por bloqueio das vias de drenagem dos seios perinasais.

 

O diagnóstico é efetuado através da história clínica e do exame físico na Consulta de Otorrinolaringologia. Conforme o caso poderá ser complementado por meios auxiliares de diagnóstico, tais como a Videoendoscopia Nasal e a Tomografia Computorizada dos Seios Perinasais.

 

A septoplastia é a cirurgia que permite corrigir definitivamente o desvio do septo nasal. É realizada sob anestesia geral e habitualmente em regime de ambulatório ou com um dia de internamento. Quando o desvio do septo se associa a outras alterações nasais, tais como hipertrofia dos cornetos inferiores, rinossinusite crónica com ou sem pólipos nasais, deformidade da pirâmide nasal, entre outras, poderá haver a necessidade de complementar com tratamentos médicos e/ou de associar outras técnicas cirúrgicas (turbinoplastia, cirurgia endoscópica nasossinusal, rinoplastia, etc).

 

A decisão cirúrgica deve ser tomada tendo em consideração o grau de desvio do septo, as patologias nasais em simultâneo e sobretudo o impacto da sintomatologia na qualidade de vida.

 

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