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Rutura do Ligamento Cruzado Anterior

publicado em 03 Set. 2018

Uma das lesões do joelho mais comum é a entorse ou rutura do ligamento cruzado anterior. A rutura aguda ocorre habitualmente por mecanismos de torção do joelho, sendo frequente em desportos que impliquem esses movimentos, nomeadamente futebol e em doentes jovens. A rutura crónica é mais frequente em doentes mais idosos e ocorre por mecanismos de desgaste prévio do ligamento.

 

A sintomatologia da rutura é a dor localizada no joelho, o derrame articular (joelho inchado), rigidez, dificuldade em movimentar o joelho e a sensação de falha ou de bloqueio.

 

Ao desenvolver esses sintomas, deve-se recorrer ao médico que, após a descrição das queixas executará um exame físico para verificar se existe dor e aplicará testes especiais (Lachman ou teste da gaveta anterior) para avaliar a função do ligamento.

 

No estudo complementar, a Ressonância Magnética Nuclear é o exame mais sensível para a deteção de patologia do ligamento e fornece dados sobre outras alterações, como lesões de cartilagem ou dos meniscos.

 

O tratamento deverá ser individualizado e realizado por equipa dedicada à patologia. Inicialmente a descarga com canadianas, a aplicação de gelo e a medicação anti-inflamatória (salvo contraindicações) pode ser instituída. Nas ruturas degenerativas ou em doentes que não pretendam cirurgia, estas medidas juntamente com a evicção de desportos que impliquem torção do joelho, podem ser o tratamento definitivo, auxiliado por reabilitação funcional sobre a supervisão da Medicina Física e Reabilitação.

 

Nas restantes ruturas que se mantenham sintomáticas, a correção cirúrgica surge como opção, sendo executada em regime de internamento (habitualmente 1 dia) e por uma via minimamente invasiva. Na cirurgia é realizada a reconstrução/plastia do ligamento cruzado, utilizando enxerto tendinoso do próprio doente (tendão rotuliano, tendões isquiotibiais ou quadricipete), que é passado através de tuneis osseos e posteriormente fixado por meio de parafusos, sistemas de suspensão ou outros.

 

A recuperação é muito dependente de cada doente, sendo expectável um período de reabilitação funcional em fisioterapia de 3 a 6 meses.

 

O diagnóstico e tratamento realizado de modo atempado e em ambiente com condições e experiência, são fatores que podem influenciar o resultado final desta patologia. Caso apresente queixas similares às descritas, não hesite em contactar um dos nossos especialistas na patologia do Joelho, em qualquer uma das unidades do Trofa Saúde Hospital.