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Disfagia: tudo o que precisa de saber

publicado em 17 Fev. 2025

O que é a Disfagia?

A Disfagia tem por base uma alteração, temporária ou permanente, no processo de deglutição, ou seja, uma dificuldade no ato de engolir alimentos sólidos e/ou líquidos e até mesmo da saliva tornando a alimentação e hidratação pouco prazerosas para aqueles que sofrem com esta condição. Assim, a perturbação da deglutição tem um impacto negativo, tanto na saúde física, mental como a vida social, condicionando a segurança da alimentação, podendo até pôr em risco a vida do indivíduo.

Quais os sinais e sintomas associados?

  • Sensação de vómito;
  • Perda de peso;
  • Dor e/ou dificuldade em engolir;
  • Sensação de algo preso na garganta;
  • Tosse ou pigarreio;
  • Engasgo;
  • Excesso de saliva;
  • Voz molhada;
  • Regurgitação oral/nasal;
  • Pneumonias frequentes.

Quais são as causas?

As causas para a perturbação da deglutição são inúmeras. Em adultos, a disfagia, seja ela orofaríngea ou esofágica, pode advir de diversas causas, tais como: obstrutiva mecânica e de distúrbios na motilidade (esofágica); neurológicas e de origem neuromuscular (orofaríngea).

 

Causas mais frequentes de disfagia orofaríngea:

  • AVC (Acidente Vascular Cerebral);
  • TCE (Traumatismo Cranioencefálico);
  • Doenças neurodegenerativas (Parkinson, Esclerose Múltipla, Esclerose Lateral Amiotrófica);
  • Miastenia Gravis.

Há tratamento para a Disfagia?

Sim, existe. A disfagia, com diagnóstico e tratamento adequado, realizados atempadamente, recorrendo a estratégias e mudanças adequadas na dieta ou da via de alimentação, uso de espessantes e terapia direcionada para a reabilitação da deglutição, previne complicações e melhora a capacidade do indivíduo no ato de engolir e na sua qualidade de vida.

A importância do Terapeuta da fala junto do doente com disfagia

O Terapeuta da fala tem um papel fulcral junto dos doentes com perturbação da deglutição, tanto na avaliação como na intervenção/reabilitação. Uma avaliação formal rigorosa e pormenorizada garante um processo de acompanhamento o mais direcionado possível ao caso.

 

A intervenção do Terapeuta da fala junto da Disfagia implementa técnicas adequadas para fortalecer a musculatura envolvida, promove ou regenera a mobilidade das estruturas recrutadas no ato de deglutir e garante a segurança do processo de deglutição. A segurança é mantida através da adaptação da dieta de forma adequada ao grau de disfagia encontrado, seja nos sólidos ou líquidos, mudanças no ambiente, e ainda com manobras facilitadoras da deglutição.

 

Uma disfagia não detetada e sem intervenção precoce pode levar a consequências graves para o doente, podendo desenvolver pneumonia de aspiração e até mesmo conduzir à morte.

 

Por isso, reforça-se a importância de uma avaliação o mais precoce possível pelo Terapeuta da fala, que só é conseguida através da comunicação e articulação do trabalho multidisciplinar e entre unidades de saúde, promovendo o acompanhamento contínuo do doente.