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Dor lombar: a importância da prevenção

publicado em 04 Mar. 2019

A dor lombar, também conhecida por lombalgia, é uma das causas mais frequentes de ida ao médico bem como de dias de trabalho perdidos em todo o mundo. Quase todas as pessoas sofrem de dor lombar em algum momento das suas vidas o que afeta a sua vida pessoal, profissional e atividade desportiva. Apesar de ser bastante frequente na população idosa, pessoas de todas as idades podem ser afetadas.

 

O sedentarismo, a obesidade e os esforços decorrentes de atividade laboral ou recreativa são alguns dos fatores que mais contribuem para a dor lombar. A causa da dor é variável. Esta pode ocorrer em consequência de atividades específicas como levantamento de um peso do chão ou resultar do desgaste associado com o processo de envelhecimento. As alterações degenerativas iniciam-se precocemente na coluna vertebral, havendo evidência de sinais de desgaste articular tão cedo quanto na terceira década de vida. A má postura também é uma causa frequente de dor. A sobrecarga sobre os músculos e ligamentos relacionada com a prática desportiva também é uma causa comum de dor lombar. As lesões dos discos intervertebrais como as hérnias discais podem causar dor irradiada para os membros inferiores.

 

O deslizamento de umas vértebras sobre as outras bem como o estreitamento do canal vertebral são outras causas possíveis de lombalgia. Pela sua elevada prevalência na população geral e pelos custos económicos associados, a prevenção e o tratamento atempado são fundamentais.

 

Não existe uma estratégia terapêutica eficaz para todas as causas de lombalgia pelo que uma avaliação médica é fundamental. O Fisiatra ou médico especialista em Medicina Física e de Reabilitação (MFR) é um profissional cuja competência, entre outras, reside na abordagem da patologia do sistema musculosquelético, diagnosticando através dos sintomas do doente, exame físico e se necessário exames complementares de diagnóstico, a causa da dor.

 

O tratamento da lombalgia pode depender do uso de analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapia e mais raramente cirurgia. Apesar do programa de reabilitação ou fisioterapia não ser imprescindível para a melhoria dos sintomas, na maior parte das causas de dor lombar os estudos demonstram uma recuperação mais rápida e uma menor taxa de recidiva nos doentes que fazem fisioterapia.

 

O objetivo do programa de reabilitação é a recuperação máxima do doente, utilizando para isso uma grande diversidade de instrumentos terapêuticos como o calor ou frio, massagens, ultrassons, electroestimulação e exercício terapêutico, sempre de acordo com a prescrição médica e orientada por um correto diagnóstico. Desta forma, consegue-se adaptar o programa às necessidades específicas de cada doente, maximizando o seu potencial de recuperação e o restabelecimento de uma condição normal de saúde o mais rapidamente possível.