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Dieta low FODMAP

publicado em 06 Set. 2019

Tem sintomatologia de barriga inchada? Flatulência? Cólicas abdominais? Diarreias? O alívio desses sintomas pode passar por uma terapêutica alimentar

 

Cada vez mais frequentes no mundo ocidental, as doenças do intestino conseguem, muitas vezes, ser limitadoras para o dia-a-dia e a vida do doente. A doença de Crohn, colite ulcerosa, síndrome do intestino irritável, são algumas das patologias que têm vindo a aumentar ao longo dos anos, e sabe-se, também, que são um dos principais motivos para as consultas de gastrenterologia. A sintomatologia médica destas doenças inclui flatulência, distensão abdominal acompanhada de dor, diarreia e/ou obstipação, o que pode perturbar muito o dia-a-dia dos indivíduos. O grau de gravidade dos sintomas pode variar com a fase da doença, que é potenciada por fatores endógenos e exógenos (genética, stress, álcool, medicação, exercício físico, sono e alimentação).

 

A dieta com restrição de FODMAP, conhecida como dieta low FODMAP, é realizada, com diferentes graus de êxito, no tratamento de sintomas gastrointestinais, sendo atualmente aceite como uma das principais estratégias terapêuticas. Os indivíduos que aderem à dieta verificam uma melhoria progressiva dos sintomas nas primeiras seis semanas de realização da dieta.

 

O que são FODMAP?
Os FODMAP foram identificados para criar uma dieta que conseguisse ajudar a controlar estes sintomas e minimizar os efeitos nocivos da doença.
FODMAP é um acrónimo inglês de “Fermentable Oligo-, Di-, Mono-saccharides And Poly-ols”, que em português significa “oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis”, referindo-se a um conjunto de hidratos de carbono de cadeia curta, existentes numa grande variedade de alimentos, que são frequentemente mal absorvidos no intestino delgado e seguem para o intestino grosso onde alimentam a flora bacteriana intestinal, sendo extensamente fermentáveis. Como resultado deste processo, as bactérias produzem gases, desencadeando sintomatologia específica como flatulência, distensão abdominal, alterações de motilidade e/ou dor, em indivíduos suscetíveis. A presença destes hidratos de carbono no intestino grosso também aumenta a retenção de água no intestino que, combinada com água, provoca cólicas e alterações nos movimentos intestinais (prisão de ventre ou diarreia).

 

Alguns pontos da dieta low FODMAP:

 

  • Uma dieta pobre em FODMAP deverá ser temporária pois restringe muitos alimentos nutritivos e importantes para o organismo;
  • Devem ser eliminados todos estes alimentos durante um período de 2 a 6 semanas, até controlar e aliviar os sintomas;
  • Depois de eliminar os FODMAP da alimentação e controlar os sintomas, os alimentos deverão ser reintroduzidos gradualmente e de forma controlada, num plano alimentar específico para cada pessoa, de modo que o intestino se adapte e não volte a apresentar os sintomas;
  • É uma dieta que deve ser encarada como uma terapêutica, que requer alguma disciplina e autocontrolo para que se consigam atingir bons resultados e se faça um tratamento eficaz;
  • Não sendo muito fácil de cumprir, pelas limitações associadas e tolerâncias/sintomatologia individuais, o acompanhamento deve ser feito sempre por um nutricionista.

 

Sabia que a maçã, a couve-de-bruxelas, a cebola, o trigo são alimentos ricos em FODMAP? Curioso para descobrir mais alimentos?