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O meu filho tosse: será asma?

publicado em 03 Mai. 2016

Esta patologia é a doença crónica mais comum na infância, no entanto continua sendo sub diagnosticada e sub tratada.

 

No nosso país a prevalência global da asma é de aproximadamente 7%. Assim sendo cerca de 1 milhão de portugueses é portador da doença, sendo as crianças e os adolescentes os grupos etários mais atingidos.

 

O maior estudo a nível mundial sobre Asma que envolve mais de 100 países (Estudo Internacional da Asma e Alergia na Infância – ISAAC) encontrou nas nossas escolas uma prevalência de 24% entre as crianças de 6 a 7 anos e de 26% entre os adolescentes entre os 13 e 14 anos.

 

A doença asmática deve-se a um processo inflamatório crónico que leva a via aérea da criança a ser muito reativa (hiperatividade brônquica) a estímulos alergénios ou outros. Quando tal acontece assistimos a uma obstrução variável das vias aéreas, que clinicamente se traduz por tosse, falta de ar, opressão torácica, ou pieira.
Quase sempre nas crianças esta inflamação tem uma causa alérgica, geralmente ácaros do pó doméstico ou pólenes de gramíneas, mas as infeções víricas são uma causa importante da asma sobretudo abaixo dos 5 anos.

 

A asma deve ser diagnosticada e tratada precocemente, evitando assim, sucessivas agudizações da doença, interferência na qualidade de vida escolar e desportiva, bem como evolução para formas mais graves.

 

Na consulta o pediatra averigua a história familiar, a história clinica da criança, e muitas vezes através do exame físico chega ao diagnóstico de doença asmática. Os testes cutâneos servem para diagnosticar qual a alergia em causa. O exame da função respiratória pode na criança maior fazer só por si o diagnóstico de asma.

 

É muito importante fazer prevenção da exposição aos alergénios causadores da asma da criança. No entanto existem vários tipos de fármacos para prevenir ou controlar as crises ou os sintomas. Estes medicamentos são praticamente desprovidos de efeitos colaterais e só podem ser receitados pelo médico, que indica quais as doses adequadas e a forma de administração que habitualmente é inalatória ou um agradável comprimido com sabor a rebuçado.

 

A imunoterapia específica (vacinas antialérgicas), quando justificada é considerada actualmente, o único tratamento que pode modificar o curso natural da doença alérgica (OMS) e evitar por exemplo que uma rinite alérgica progrida para asma brônquica.

 

Este mês de Maio tire as suas dúvidas: “O meu filho terá asma ou não?”