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Cirurgia de Varizes

publicado em 05 Nov. 2018

As varizes são veias dilatadas e tortuosas que são facilmente identificáveis por se localizarem debaixo da pele. As varizes estão englobadas na denominação doença venosa crónica, que é um problema de saúde que afeta cerca de um terço da população portuguesa.

 

Atendendo ao padrão evolutivo que apresenta, a prevalência das varizes e da doença venosa crónica vai aumentando com a idade, sendo mais comum nas mulheres. A história de gravidez prévia, história familiar, obesidade, sedentarismo e longos períodos de imobilidade na posição de pé ou sentada são também fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
As varizes são muito mais do que um problema estético, podendo condicionar, além da diminuição da qualidade de vida, complicações diversas como trombose venosa superficial (“tromboflebite”), varicorragia (hemorragia por rutura de uma variz), alterações pigmentares da pele que são muitas vezes irreversíveis e úlceras cutâneas.

 

Assim, o seu tratamento está indicado e deve ser o mais precoce possível para garantir um melhor e mais definitivo resultado. Contudo, muitas pessoas adiam este tratamento, por desconhecimento ou por medo. A cirurgia de varizes é muitas vezes ainda olhada com algum receio e conotada, erradamente, com tempos prolongados de internamento, absentismo laboral e até reaparecimento precoce das varizes.
O tratamento cirúrgico evoluiu muito ao longo dos últimos anos. Durante décadas, a cirurgia clássica (aberta) constituiu o principal modo de tratamento das varizes dos membros inferiores. Surgiram, entretanto, métodos que apresentam eficácia pelo menos igual, e menos invasivos. Tais alternativas consistem na ablação endovenosa térmica (laser ou radiofrequência), esclerose ecoguiada com espuma e mais recentemente cola biológica.

 

A eficácia destes procedimentos, em casos selecionados, é semelhante à cirurgia clássica, mas o facto de serem intervenções menos invasivas, com recuperação pós-operatória mais rápida e praticamente indolores permitem que o doente retorne a sua atividade diária precocemente.

 

O tratamento deverá ser adaptado caso a caso, dependendo da sintomatologia, da gravidade da doença e da expectativa estética. A realização do eco-Doppler venoso é fundamental para o correto diagnóstico e planeamento da melhor estratégia e técnica a usar.

 

Cada situação clínica é um caso diferente de todos os outros. Determinadas situações clínicas podem justificar a combinação de várias técnicas num único procedimento.