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Será que sofro de Arritmias?

publicado em 07 Ago. 2020

Os sintomas produzidos pelas arritmias são muito variáveis, dependendo do tipo de arritmia em causa.

 

Arritmia designa uma alteração no batimento cardíaco normal e pode produzir taquicardia – o coração a bater mais depressa do que o normal – ou bradicardia – o coração a bater demasiado devagar.

 

Qualquer que seja a arritmia, é da maior importância uma avaliação médica clara, se necessário com recurso a exames complementares de diagnóstico. Algumas arritmias são “apenas” incomodativas, outras podem ser graves. Mas é importante saber que existe tratamento, muitas vezes curativo. Por vezes, não é possível eliminar, mas sim controlar a arritmia, quer nas suas consequências, quer no incómodo que causa.

 

O sintoma mais frequente das taquiarritmias (arritmias com batimento rápido) são as palpitações: sentir o nosso próprio batimento cardíaco, geralmente rápido e de forma intensa. Podem surgir em qualquer idade.

 

Nos jovens, têm geralmente um carácter benigno, embora possam ser bastante desconfortáveis. Frequentemente surgem na ausência de doença cardíaca estrutural, ou seja, o coração é aparentemente normal. Apesar do stress que causam são, usualmente, curáveis com elevadas taxas de sucesso. A medicação é suficiente em alguns casos, podendo também proceder-se a um breve procedimento invasivo (estudo eletrofisiológico com ablação) para eliminar a origem da arritmia.

 

Em idades mais avançadas, a arritmia mais frequente é a fibrilhação auricular, muito comum na terceira idade. Para além do desconforto originado pelo batimento cardíaco rápido e desorganizado, esta arritmia pode originar um acidente vascular cerebral (na gíria chamado de “trombose cerebral”), pelo que não deve ser descurada. Também esta arritmia se trata, quer para prevenir o acidente vascular cerebral, quer para eliminar ou atenuar os sintomas por ela provocada. Em raras ocasiões, as taquiarritmias podem corresponder a arritmias ventriculares, que podem ser graves e até fatais. Surgem, geralmente, em doentes com doença cardíaca prévia. Contudo, podem também surgir em pessoas sem história de doença cardíaca, raramente, mesmo em jovens. O seguimento médico e o tratamento apropriado nestes casos são da maior importância para prevenir a morte súbita, podendo passar pela implantação de um dispositivo (um desfibrilhador implantável) através de um curto procedimento.

 

Nas bradiarritmias (arritmias com batimento lento), as queixas mais frequentes são o cansaço e a perda de consciência (vulgar “desmaio”), ocorrida ou iminente. Nos jovens, têm geralmente causa benigna e podem ser tratadas aprendendo a adotar comportamentos preventivos e, ocasionalmente, poderá ser necessária medicação. Nos idosos, surgem muitas vezes como consequência do envelhecimento das estruturas elétricas cardíacas. Quando necessário, são tratadas com a implantação de um pacemaker.

 

Por último, existem ainda as extrassístoles, que designamos de batimentos isolados fora do momento certo. Muitas vezes originam uma sensação de palpitações isoladas. Outras vezes, a sensação de que alguns batimentos ocorrem de forma muito forte, levando-nos a sentir o coração no peito ou mesmo na garganta. São geralmente benignas, embora careçam por vezes de tratamento.

 

No Trofa Saúde, agora com novas unidades na Amadora e em Loures, dispomos de uma equipa médica especializada e equipada para o diagnóstico e tratamento destas patologias. Caso tenha algum destes sintomas não hesite em consultar o seu médico. Vai ver que o poderá ajudar.