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Ouvido de Nadador (Otite Externa Aguda)

publicado em 13 Ago. 2018

A otite externa aguda é muito comum nesta época do ano. Trata-se de uma inflamação e/ou infeção da pele do canal auditivo externo.
A otite externa afeta 1 em cada 200 pessoas todos os anos e está presente de forma crónica em 3 a 5% da população. Nadadores, surfistas e outros indivíduos que estão expostos a condições húmidas e quentes correm um risco de sofrer desta doença.

 

A quebra da barreira protetora – cerúmen e epiderme – do canal auditivo externo leva à infeção. A humidade excessiva (nadadores, mergulhadores, etc.), o trauma mecânico (por ex. coçar, limpar com cotonete) ou condições subjacentes da pele (eczema, dermatite seborreica, psoríase, etc.) são os principais fatores de risco para o aparecimento da patologia aguda.
Com a imersão frequente, a água incha as células que revestem o canal auditivo. Eventualmente, essas células separam-se o suficiente para que as bactérias penetrem na pele, onde encontram um ambiente quente e começam a multiplicar-se. A quebra da barreira e invasão pelas bactérias ocorre normalmente após a manipulação do canal – coçar ou uso de cotonete.

 

A queixa principal é prurido ou comichão, habitualmente seguida de dor, sensibilidade e inchaço do canal auditivo. Surgem depois pus, sensação de ouvido tapado, eco no ouvido e diminuição da audição. Se não for tratada, o inchaço pode aumentar e produzir dor suficiente para que o movimento da mandíbula se torne desconfortável. Esta infeção é particularmente perigosa nos diabéticos.

 

O tratamento passa por suspender imediatamente a exposição a água, mesmo no banho, e fármacos: gotas tópicas e anti-inflamatório oral. No entanto, para que os tratamentos funcionem bem, primeiro o seu médico precisa de limpar qualquer substancia (pus, cerúmen, etc.) que esteja a obstruir o canal auditivo. O médico também irá verificar se o tímpano está saudável.

 

A aplicação de gotas é mais facilmente realizada por outra pessoa, depois o doente deve ficar cerca de 5 minutos deitado com o ouvido doente, repleto de gotas, virado para cima.

 

Na prevenção é essencial manter os ouvidos limpos e secos. Seque com uma toalha depois de nadar ou tomar banho inclinando a cabeça e puxando o lóbulo da orelha em direções diferentes. Abster-se de colocar objetos – como cotonetes ou dedo – no canal auditivo ou remover o cerúmen do ouvido; ambas as ações podem danificar a pele, aumentando potencialmente o risco de infeção. O uso de tampões e touca na natação são também importantes para manter o ouvido seco.

 

Assim, se voltar de um dia no parque aquático, na praia ou no rio, com os sintomas descritos, não basta apenas tentar sacudi-lo. Consulte o seu médico para tratar a infeção e aliviar sua dor.