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Síndrome de burnout: causas, sintomas e tratamento

publicado em 27 Abr. 2021

As constantes mutações ocorridas no mundo do trabalho estão relacionadas com o aumento progressivo de riscos psicossociais, com um forte impacto na saúde mental de colaboradores.

 

A síndrome de burnout pode ser definida como uma resposta prolongada a eventos de stress no trabalho ou um estado psicológico de angústia que um colaborador vivencia, constituindo um tipo específico de stress ocupacional. Carateriza-se pela exaustão emocional, despersonalização e a diminuição do envolvimento pessoal no meio laboral.

 

Representa um risco para o próprio funcionário, mas também para os colegas, pois há tendência a transmitir tensão psicológica para os restantes membros da equipa. A negatividade da visão institucional, o decréscimo da produtividade e da qualidade do trabalho, aumento do absentismo, acidentes ocupacionais e alta rotatividade são alguns dos efeitos do burnout.

 

Vários aspetos contribuem para o desenvolvimento desta síndrome. Destacam-se as mudanças organizacionais mal dirigidas; indefinição de responsabilidades e objetivos; carência de apoio; falta de reconhecimento e recompensa; objetivos complexos; trabalho de extensas horas ou após o horário laboral; não realização de intervalos e/ou levar trabalho para casa; turnos inesperados e/ou que afetam a qualidade do sono; dificuldades na conciliação entre a vida profissional e pessoal; trabalho monótono; trabalho que exige demasiado envolvimento emocional; tarefas rigorosas a nível mental; precariedadee insegurança do emprego.

 

Os sintomas podem ser compreendidos por fases:

 

  • Fase de alerta, em que surge sintomatologia ansiosa e depressiva, tédio, apatia e fadiga emocional. Nesta fase, pequenas alterações na vida do indivíduo podem retroceder os sintomas.
  • Fase dos sintomas moderados que acarreta sintomas físicos, como distúrbios do sono, dores de cabeça, resfriados, problemas de estômago, dores musculares, fadiga física e emocional, irritabilidade e isolamento.
  • Fase de consolidação, em que se experiencia fadiga emocional e física generalizada, abuso de substâncias, alterações nos níveis de tensão arterial, problemas cardíacos, enxaquecas, alergias, deterioração das relações sociais e familiares, redução do apetite, ansiedade, depressão e pensamentos negativos frequentes.

 

É imprescindível adquirir hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercício físico regular, um sono reparador, uma alimentação equilibrada, atividades que “fujam” à rotina diária laboral e definir pequenos objetivos.

 

Um tratamento adequado depende de um diagnóstico detalhado. Combinando uma série de técnicas é possível enfrentar o esgotamento profissional, evidenciando-se a intervenção cognitivo- comportamental e a psicoterapia. Os efeitos e duração do tratamento alteram de acordo com o doente e a gravidade de cada caso.

 

O acompanhamento psicológico pode ajudar a controlar, minimizar e reverter os danos da síndrome de burnout.