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Surdez: que soluções existem?

publicado em 24 Jul. 2019

A surdez é a incapacidade, total ou parcial, de ouvir. Consoante a intensidade da perda auditiva esta pode ser classificada em ligeira, moderada, severa ou profunda.

 

Cerca de 1 milhão de portugueses sofre de perda auditiva. A perda auditiva pode ser neurossensorial, de transmissão ou mista.

 

Qualquer problema no ouvido externo ou médio que impeça que o som seja conduzido é conhecido como uma perda auditiva de condução. São perdas geralmente de grau leve ou moderado. Dependendo da causa do problema, medicação ou cirurgia podem ajudar. Os casos de perda auditiva de condução podem ser tratados com o uso do aparelho auditivo, de implantes de ouvido médio ou implantes osteointegrados.

 

Os Implantes osteointegrados estimulam o ouvido interno através de vibrações transmitidas pelo crânio ao ouvido interno. São ideais para doentes com mal formação do ouvido externo ou médio; doentes que não tolerem próteses auditivas por infeção do canal ou do ouvido médio; doentes que foram submetidos a cirurgia de colestetaoma; ou doentes com ouvido único (a colocação de um implante osteointegrado no lado do ouvido surdo permite que o som que chega a esse lado seja transmitido por vibração óssea ao ouvido interno funcionante do lado oposto – assim o doente consegue distinguir de que lado vem o som).

 

A perda auditiva neurossensorial resulta da falta ou dano de células sensoriais (células ciliadas) na cóclea e geralmente é permanente. Perda auditiva sensorioneural de grau leve a severa pode ser tratada com aparelhos auditivos ou implantes de ouvido médio.

 

O implante coclear está indicado nas pessoas com surdez severa com má discriminação e na surdez profunda, em que os aparelhos auditivos não conseguem ajudar o suficiente ou não permitem uma qualidade auditiva mínima.

 

O implante coclear é um dispositivo eletrónico, implantado cirurgicamente, que tem como objetivo substituir as funções das células da cóclea (ouvido interno) e transmitir diretamente estímulos elétricos ao nervo auditivo.
Uma mas mais incríveis capacidades da implantação coclear é permitir que crianças nascidas surdas tenham hipótese de desenvolver a comunicação oral desde que implantadas até aos 3 anos de idade.

 

O tempo de surdez/privação de estímulo sonoro é extremamente importante, quanto mais tempo sem ouvir mais complexa e demorada será a reabilitação auditiva.

 

Os aparelhos auditivos apenas amplificam o som e enviam-no mais alto ao ouvido interno incapacitado/doente. O implante coclear pretende substituir o ouvido interno doente e funcionar como um descodificador de som em estímulos elétricos que são depois enviados ao nervo auditivo. A sensação sonora de um doente implantado é uma experiência individual, que depende do processo de reabilitação auditiva e terapia da fala.

 

A informação captada e transmitida pelos aparelhos e implantes é depois processada cerebralmente e transformada em informação. Quem ouve é o cérebro, não os ouvidos, o aparelho auditivo ou o implante coclear.
Consulte o seu médico otorrinolaringologista e descubra a solução mais indicada para o seu caso.