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Zumbidos, Acufenos, Tinnitus

publicado em 14 Ago. 2019

Trata-se de uma sensação, na maioria dos casos subjetiva, de um barulho na cabeça ou nos ouvidos, que não tem origem externa, mas que provoca frequentemente mal-estar e incómodo para quem os sente (os zumbidos objetivos, menos comuns, não serão objeto deste artigo). Esta sensação pode ser uni ou bilateral, grave, aguda, pulsátil ou até um click, intermitente ou persistente.

 

Há quanto tempo duram os zumbidos? Estão associados com perda auditiva, desequilíbrios, alterações neurológicas? Têm efeitos sobre o sono, a concentração?

 

As causas podem ser variadas, tais como:
• Otológicas (surdez, relacionada ou não com exposição ao ruído, doenças do ouvido, como otosclerose, Doença de Ménière, infeções, patologia da Trompa de Eustáquio, cerúmen obliterativo)
• Cardiovasculares (HTA, patologia cardiovascular, anemia e arteriosclerose)
• Metabólicas (alterações da função tiroideia, dislipidémia, deficiência de zinco ou Vitamina A)
• Neurológicas (traumatismos cranioencefálicos, lesões cervicais em “chicote”, esclerose múltipla, pós-meningite)
• Alimentares (álcool, cafeína, tabaco)
• Farmacológicas (aspirina, anti-inflamatórios, antibióticos, antidepressivos)
• Dentárias (anomalias da articulação temporomandibular, “bruxismo”, má oclusão)
• Psicológicos (depressão, stress, ansiedade)

 

Os exames para estudo do zumbido são variados, dependendo das características encontradas e da suspeita da causa para sua confirmação, que podem ir desde os mais básicos, como a Audiometria, até à Ressonância Magnética dos Ouvidos, se necessário.

 

De acordo com a causa associada, o tratamento pode passar pela resolução da patologia otológica ou dos problemas médicos associados, nos casos aplicáveis, bem como pela alteração da medicação, alterações dietéticas, cessação tabágica, evicção de ambientes com ruído e/ou técnicas de mascaramento.

 

Em doentes mais ansiosos ou depressivos, a avaliação psicológica é também recomendada e, eventualmente, a prescrição de medicação antidepressiva.

 

O tratamento médico é discutível, havendo quem preconize vasodilatadores. Em caso de perda auditiva associada, pode-se recorrer a prótese auditiva com ou sem mascaramento, assim como a terapia sonora, na tentativa, não do desaparecimento do acufeno, mas de o tornar mais tolerável.