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Ânus: o “chefe” do organismo

publicado em 12 Jul. 2020

A história não é nova mas sempre atual e, antes de falarmos de coisas sérias, contextualizaremos a importância da proctologia.

 

Quando o corpo humano foi feito pela primeira vez, todas as partes do corpo queriam ser chefe. O cérebro foi o primeiro a dizer: “Como sou o órgão que controla tudo e sou capaz de raciocinar, eu serei o chefe”.

 

As pernas disseram: “Nós conduzimos o corpo, nós é que devemos ser o chefe”. E assim prosseguiu a discussão. O coração, os pulmões, os ouvidos, enfim, todas as partes do corpo queriam ser chefe. No auge da discussão, ouviu-se uma voz: “Eu serei o chefe”. Era o ânus, que finalmente dava a sua opinião! Todos se riram dele. Como poderia o ânus ser chefe? Foi aquela risota. O ânus ficou triste, retirou-se da reunião e recusou-se a trabalhar e… deixou de obrar! Poucos dias depois, o cérebro estava febril, os olhos não podiam abrir, os pulmões e o coração esforçavam-se, mas não aguentavam mais. O mal-estar era geral. Então, reuniram-se implorando ao cérebro para deixar o ânus ser chefe; caso contrário, o corpo morreria. E assim aconteceu: todo o corpo humano trabalhava e o ânus chefiava. Moral da história: esteja atento ao seu ânus, ele é o chefe.

 

A proctologia dedica-se ao diagnóstico e tratamento da patologia que se desenvolve no reto e ânus. O proctologista é o médico indicado para o ajudar a diagnosticar e tratar os seguintes sintomas e doenças: hemorragias, abcessos perianais, fissuras, fístulas, condilomas, prolapso retal, obstipação, incontinência anal, lesões pós-cirúrgicas do ânus, tumores benignos e malignos no reto e ânus. Orienta também sobre a obstipação intestinal e problemas da evacuação e pode aconselhar relativamente a sexo anal, prevenção do cancro do reto e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

 

Apesar do reto e ânus serem áreas muito íntimas do corpo, é preciso consultar um especialista caso surja algum problema, para evitar doenças graves como o cancro. O doente deve procurar o proctologista quando tiver: dificuldade em evacuar, alteração intestinal, hemorragia anal, diarreia crónica por mais de 3 semanas, obstipação, dor ao evacuar, história na família de neoplasia intestinal e lesões anais.

 

Os tratamentos e as cirurgias têm, atualmente, abordagens minimamente invasivas, permitindo um pós-operatório menos doloroso e uma recuperação mais rápida. Para o acompanhamento e tratamento de doentes com problemas de continência anal após o parto ou cirurgia ao reto e ânus, foi criada recentemente uma consulta dedicada à reabilitação/reeducação do pavimento pélvico.

 

A equipa de proctologia do Trofa Saúde tem procurado minimizar as complicações decorrentes do ato cirúrgico. Por ser uma área de extrema dedicação pós-operatória, a equipa presta apoio 24 horas por dia aos doentes submetidos a intervenção cirúrgica, minimizando assim o grau de ansiedade decorrente do ato cirúrgico.