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4 Mitos sobre a Psicologia do Desporto

publicado em 08 Mai. 2023

Atualmente a pressão para alcançar resultados e obter sucesso é enorme e expande-se para diversas áreas da nossa vida.

 

Num mundo acelerado e em constante mudança, pessoas e organizações procuram cada vez mais formas de melhorar o seu desempenho e conquistar os melhores resultados.

 

O alto rendimento está, não raras vezes, associado ao aumento da produtividade, da eficiência e da competitividade. Quer seja a nível escolar/académico, no mundo dos negócios ou no desporto, a procura pelo alto rendimento está em voga.

 

Para cumprir o desejo de ser bem sucedido, é necessário ter a capacidade para desempenhar bem uma função e sobretudo desempenhá-la bem sob pressão, seja em que área for, especialmente, no caso dos atletas (ou de qualquer outro interveniente em contexto desportivo). Esta vontade para desempenhar ao mais alto nível é claramente desejável, mas pode também acarretar, por exemplo, dificuldades em lidar com a pressão e em gerir a ansiedade. É aqui que entra Psicologia do Desporto.

 

O Psicólogo do Desporto interessa-se sobre como os aspetos psicológicos afetam o desempenho e, simultaneamente, de que forma a participação em ambientes de alta pressão afeta o desenvolvimento, a saúde e o bem-estar. A ajuda na gestão de pensamentos e emoções, no desenvolvimento de uma atitude competitiva, da resiliência e do robustecimento da autoconfiança, são alguns dos aspetos que contribuem para que, por um lado, os objetivos definidos possam ser atingidos, e por outro, se acautele o potencial impacto negativo da prática desportiva no bem-estar dos atletas.

Estes são 4 mitos relativos à Psicologia do Desporto na otimização do desempenho:

  1. É apenas para atletas com algum tipo de alteração psicológica.

Muitas vezes presume-se que o atleta apenas deve recorrer à ajuda psicológica quando, a nível clínico, algo não está bem. No entanto, esta crença não coincide com a evidência científica. O psicólogo pode ajudar no desenvolvimento de competências psicológicas, que impactam positivamente o desempenho do atleta.

 

  1. É apenas para atletas de “Elite”.

O desenvolvimento competências psicológicas é direcionado para todos os atletas, não importando o nível competitivo (ou a idade – o acompanhamento psicológico pode e deve ser realizado desde as camadas jovens).

 

  1. Não é útil.

Muitas vezes ,por não se ter tido oportunidade de contactar com a Psicologia, ainda persiste a ideia de que esta não tem nada de positivo para oferecer. No entanto, a investigação, bem como o relato de muitos atletas e treinadores, demonstram precisamente o contrário, ou seja, que o desenvolvimento de competências psicológicas, ajuda na melhoria do desempenho e na promoção do bem-estar.

 

  1. Apenas ajuda na melhoria do rendimento desportivo.

Ainda que um dos focos seja a otimização do rendimento desportivo, é necessário abordar outras facetas do atleta, visto que existe uma interligação entre as diferentes áreas de vida. Por isso, abordam-se muitas vezes outras áreas, como por exemplo, o rendimento escolar (especialmente em crianças e adolescentes).

 

É o derrube destas (e de outras) barreiras que permitirá que cada vez mais atletas (e treinadores) possam usufruir do acompanhamento psicológico e assim beneficiar de práticas atuais e baseadas na evidência que os ajudem a otimizar o desempenho, sobretudo em ambientes de alta pressão, e assim atingir o tão desejado sucesso.