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Reabilitação no idoso

publicado em 24 Dez. 2020

O envelhecimento, uma parte integrante da vida, é tipicamente acompanhada por alterações fisiológicas graduais, porém progressivas e por um aumento da prevalência de doenças agudas e crónicas.

 

Embora não seja uma doença ou incapacidade per se, o envelhecimento está associado a uma incidência mais elevada de comprometimento físico e incapacidade funcional.

 

A reabilitação é essencial no tratamento do idoso, pois perder capacidades físicas afeta negativamente a qualidade de vida. Com o envelhecimento, surgem também doenças crónicas incapacitantes tais como a osteoartrite, osteoporose com fraturas associadas, o acidente vascular cerebral (AVC), a amputação e várias doenças neurológicas degenerativas, como as doenças de Alzheimer e Parkinson.

 

O idoso que sofre um AVC e fica com menos força nos movimentos do braço e perna do lado esquerdo, como consequência, vai ter dificuldade na marcha e no desempenho de algumas atividades da vida diária. Neste caso, se não houver um tratamento efetivo para reabilitar e recuperar os movimentos e a marcha, este doente desenvolverá a curto prazo uma incapacidade que o afetará a nível físico, psíquico e social. Terá sentimentos de invalidez e de menos-valia, deixará de se movimentar e de participar em reuniões e passeios com familiares e amigos. Esta situação pode levar à depressão ou a outras doenças e até morte.

 

Por exemplo: situações que levam à síndrome de imobilidade, por inatividade ou descondicionamento físico, podem ser prevenidas com programas de reabilitação específicos de exercícios que incluem flexibilidade, força muscular e resistência aeróbica com melhoria no idoso do equilíbrio, da qualidade de vida e da autonomia funcional.

 

Assim, entende-se que a reabilitação é fundamental para a saúde de pessoas com funcionalidades comprometidas. E tem como objetivo:

  1. Prevenir
  2. Tratar
  3. Acomodar
  4. Educar

 

Todas as estratégias terapêuticas que visam recuperar o potencial físico, psicológico e social do doente são chamadas de reabilitação e podem ser aplicadas em qualquer momento.

 

A reabilitação, por uma equipa multidisciplinar, pode ser realizada em regime de ambulatório ou internamento, sempre de acordo com a prescrição do Médico Fisiatra e, orientada por um correto diagnóstico e pela avaliação cuidadosa das limitações funcionais. Desta forma, consegue-se adaptar o programa de reabilitação às necessidades específicas de cada doente, maximizando o seu potencial de recuperação e o restabelecimento de uma condição normal de saúde.

 

Os programas de reabilitação podem incluir diversidade de instrumentos e modalidades terapêuticos, tais como: a eletroterapia, a termoterapia, a cinesioterapia, a terapia manual, a hidroterapia, a terapia pelo método de Pilates entre outros.

 

Por fim, é importante educar o doente e a família. Explicar que o idoso deve desempenhar, dentro das suas capacidades, as suas atividades da vida diária como por exemplo, o vestir; retirar barreiras tais como os tapetes e outras, ou adicionar adaptações facilitadoras de independência funcional e estimular, também, a prática de exercício físico adaptado.

 

Deste modo, a reabilitação atua positivamente de forma a melhorar e prolongar a qualidade de vida dos idosos.

“Na medida em que a medicina moderna aumenta anos de vida, a reabilitação torna-se cada vez mais necessária para acrescentar vida a estes anos”, Rusk/kottke.