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Alimentos processados e o intestino: quais as implicações?

publicado em 10 Abr. 2023

A alimentação é um dos fatores que mais contribui para a saúde do intestino.

 

Cada vez mais observamos um aumento da ingestão de alimentos processados pela praticidade e falta de tempo. O processamento dos alimentos é a transformação dos alimentos frescos em produtos alimentares. Estas alterações servem, sobretudo, para realçar as características sensoriais dos alimentos como o sabor, a cor e para aumentar o respetivo prazo de validade. No entanto, é frequente encontrarmos alimentos processados com um teor elevado em sal, açúcar e/ou gordura adicionados.

Quais as implicações para o intestino?

De modo geral, uma alimentação com baixa variedade de alimentos e densidade nutricional é prejudicial ao equilíbrio da microbiota do trato gastrointestinal.

 

A nutrição adequada otimiza a função intestinal, ou seja, dá suporte para que o intestino execute a sua função: digestão, absorção e excreção. Se o processo falhar numa etapa, podem ocorrer algumas implicações, como:

  • Mal-estar intestinal, que pode incluir sintomas como dor abdominal, inchaço, desconforto, diarreia e obstipação.
  • Diminuição da função imunitária, as vitaminas e minerais que auxiliam na imunidade são absorvidos no sistema digestivo.
  • Alteração na qualidade do sono: as bactérias do trato gastrointestinal (TGI) desempenham um papel importante no ciclo circadiano, que por sua vez terão uma influência na qualidade do sono.
  • Aumento do risco de desenvolver doenças crónicas: doenças inflamatórias intestinais, diabetes, doenças cardíacas e doenças oncológicas.

 

Podem ainda ser observadas outras implicações como alterações do humor, perda da vitalidade da pele, unhas, cabelo e queda na disposição física.

 

É possível prevenir algumas das implicações mencionadas através de uma alimentação saudável (completa, equilibrada e variada) que inclui alimentos ricos em fibras como hortofrutícolas e pobre em alimentos com elevado teor de sal, açúcares e gorduras adicionadas. Para além disso, tem-se observado uma associação satisfatória na utilização de prebióticos e probióticos, que por norma estão ausentes numa alimentação rica em alimentos processados.

 

É cada vez mais importante e aconselhada a leitura e análise dos rótulos dos alimentos. A escolha dos alimentos que consumimos deve ter em consideração quais os ingredientes, teor de açúcares, sal e gordura.