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Dispneia (“falta de ar”): situação urgente a resolver

publicado em 24 Dez. 2019

Dispneia, ou desconforto respiratório, é um sintoma comum que afeta milhões de doentes com doença pulmonar, doença cardíaca, anemia, distúrbios neuromusculares ou obesidade.

 

A dispneia é considerada aguda quando se desenvolve ao longo de horas a dias e crónica quando está presente por mais de quatro a oito semanas.

 

O desconforto respiratório que ocorre ao longo de minutos a horas geralmente deve-se a um número limitado de condições (tabela 1) e, geralmente, requer avaliação e tratamento imediatos.

 

As pistas para a necessidade de uma avaliação urgente incluem frequência cardíaca > 120 batimento/minuto, frequência respiratória > 30 ciclos respiratórios/minuto, saturação periférica de oxigénio (SpO2) < 90%, uso de músculos respiratórios acessórios, dificuldade em falar frases completas, estridor, assimetria sons respiratórios na percussão, crepitações difusas, diaforese e cianose.

 

Não é incomum que um doente tenha mais de um problema, contribuindo para o desconforto respiratório.

 

A história e o exame físico levam a diagnósticos precisos em doentes com dispneia em aproximadamente 2/3 dos casos. Componentes importantes da história incluem as características de dispneia (tempo e gravidade), exposições que podem contribuir para a doença pulmonar (exemplo: alérgenos, ar frio, agentes ocupacionais, fumo de cigarro) e intervenções ou medicamentos que induzam dispneia.

 

A descrição do doente do desconforto respiratório pode ajudar a diminuir as possibilidades de diagnóstico.

 

Entre as muitas causas de dispneia crónica, as mais comuns são asma, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), doença intersticial do pulmão, miocardiopatia e obesidade.

 

Para complementar a avaliação clínica geralmente obtemos os seguintes exames complementares: hemograma completo, glicose, ureia, creatinina, eletrólitos, hormona estimuladora da tiroide (TSH), Radiografia do tórax, Eletrocardiograma e Pró-BNP.

 

TAC Tórax, Espirometria pré e pós-broncodilatador inalatório OU testes de função pulmonar total (se a avaliação clínica não sugerir asma ou DPOC), oximetria de pulso durante a deambulação (num ritmo normal acima de 200 metros e/ou até dois a três lances de escada), além do ecocardiograma, são exames a usar frequentemente no caso da dispneia.

 

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Tabela 1 – Causas de Dispneia Aguda

 

Sistema Cardiovascular:
Isquemia Aguda Miocárdio
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Tamponamento Cardíaco

 

Sistema Respiratório:
Broncospasmo
Embolia Pulmonar
Pneumotórax
Infeção Pulmonar – Bronquite, Pneumonia Obstrução Vias Aéreas Superiores – Aspiração, Anafilaxia

 

Bibliografia: Uptodate 2019 [consultado 2019 Nov]. Disponível em: http://www.uptodate.com; Richard M Schwartzstei n, MD. Approach to the patient with dyspnea.