A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta predominantemente os neurónios produtores de dopamina. Estima-se que 1 em cada 500 pessoas seja afetada pela doença que se inicia habitualmente após os 50 anos de idade.
Os sintomas de Parkinson geralmente desenvolvem-se de forma lenta ao longo de vários anos, sendo habitual o doente manifestar:
- Bradicinesia, sintoma presente em todos os doentes, caracteriza-se pela dificuldade no planeamento e execução dos movimentos.
- Tremor, habitualmente de repouso, inicia-se normalmente de forma assimétrica, num dos membros superiores, afetando uma mão.
- Rigidez dos membros, caracterizada pela dificuldade em mobilizar os braços ou pernas de forma suave, secundária ao aumento do tónus muscular, causa uma contração excessiva dos músculos.
- Alterações da marcha e do equilíbrio, que aumenta o risco de quedas, são habitualmente sintomas mais tardios da doença, mas alvo constante de avaliação nas consultas pelos riscos inerentes aos traumatismos associados.
Outros sintomas frequentes são a voz monocórdica, uma expressão facial reduzida ou uma escrita com letra progressivamente mais pequena.
Para além dos sintomas relacionados com o movimento (conhecidos como sintomas motores), os doentes com Parkinson manifestam também outros sintomas não motores, que incluem: apatia, depressão, obstipação, alterações do sono, perda do olfato e problemas cognitivos.
As opções terapêuticas são hoje numerosas e incluem medicação e, em alguns doentes selecionados, intervenções cirúrgicas. Estas são direcionadas à melhoria dos sintomas, não existindo ainda opções para reduzir ou tratar a evolução da doença.
O primeiro passo para viver com doença de Parkinson é perceber os sintomas e a sua progressão.
É possível ter uma boa qualidade de vida, trabalhando com o seu médico neurologista e seguindo as suas recomendações.
Os sintomas da doença flutuam ao longo do dia, particularmente ao fim de alguns anos de tratamento, levando o doente a notar uma tendência crescente para a redução do efeito dos fármacos entre cada toma. É fundamental que o doente perceba estas flutuações (tempo em que a medicação faz efeito, tempo “on”, e o tempo em que a medicação não faz efeito, tempo “off”). Isto é importante para que se possa otimizar os fármacos e aumentar o tempo de eficácia dos mesmos.
Celebra-se, hoje, o Dia Mundial da Doença de Parkinson. Com este artigo pretende-se elevar o nível de conhecimento geral da população sobre o problema e aumentar a perceção que é possível viver bem com a doença.
Nas unidades do Grupo Trofa Saúde encontrará profissionais dedicados e capacitados para o diagnóstico, investigação e acompanhamento regular de doentes com doença de Parkinson, por forma a aumentar a sua qualidade de vida e melhorar o seu dia-a-dia.
