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Gravidez e ansiedade

publicado em 28 Fev. 2019

O início de uma gravidez, independentemente de ser a primeira ou não, é sempre acompanhado de muitas dúvidas sobre a sua evolução. Isto condiciona desde logo um quadro de ansiedade que a futura mãe não consegue esconder, mas que é possível atenuar quando partilhado entre casal, e o profissional de saúde.

 

O stress tem um impacto muito forte na atual sociedade, e muitas vezes no uso de ansiolíticos. Existem, no entanto, casos de distúrbios psíquicos que necessitam de acompanhamento multidisciplinar para que a gravidez decorra com o menor impacto negativo no bem-estar fetal. O consumo do tabaco é indesejável, exigindo da futura mãe um compromisso sério no abandono do mesmo.

 

Uma consulta pré-natal ajuda o casal a planear e a preparar uma nova etapa da sua vida, mas também a sentir-se mais confiante e seguro.

 

Quando se junta ao atraso menstrual um teste de gravidez positivo, a ansiedade chega com um misto de medo e felicidade por um objetivo alcançado. A pergunta objetiva na primeira consulta é: estará tudo bem?

 

A informação digital hoje é muito vasta, mas a mais correta e completa é dada na consulta do seu médico obstetra.

 

Na primeira consulta pré-natal são muitas as dúvidas sendo necessário um aconselhamento cuidado e completo das várias etapas que a gravidez implica, quebrando também alguns “tabus” que culturalmente nos são transmitidos.

 

Quando existe uma experiência anterior de abortamento, a ansiedade intensifica-se. Qualquer sinal de perda hemática ou dor pélvica causam medo e são motivo de muitas urgências.

 

Na realização da ecografia obstétrica o medo de ter uma má implantação, ou uma gravidez não evolutiva pode ser dissipado, e quando já é possível a audição do ritmo embriocárdico será um momento de felicidade e conforto indescritíveis.

 

É necessário tranquilizar a grávida em relação às alterações biológicas e hormonais que vão influenciar o seu comportamento e bem-estar diário.

 

Existem muitos outros motivos que contribuem para a ansiedade na gravidez, entre eles o medo de ter comportamentos que ponham em causa o bem-estar do feto, como controlar o ganho de peso, como irá decorrer o parto, a amamentação e, muitas vezes, as dúvidas sobre o papel de mãe no futuro. Os cursos de preparação para o parto que devem ser frequentados pelo casal, são importantes para aquisição de conhecimentos e partilha de experiências.

 

Incentivos à prática de exercício físico adaptado, ocupação da mente, uma alimentação equilibrada e um sono repousante podem contribuir para uma maior tranquilidade materna.

 

Nove meses podem parecer muito longos, mas se todos os dias a futura mãe puder guardar momentos do dia para desfrutar do prazer de acariciar o ventre, relaxar e sentir os movimentos fetais, o tempo vai ser muito curto e deixar saudades.

 

A gravidez é uma vivência única e especial para ser desfrutada com muita tranquilidade, contrariando a ansiedade com a ajuda de acompanhamento médico especializado.