É um transtorno de ansiedade em que a pessoa sofre ataques de pânico recorrentes e inesperados, pelo menos durante um mês, com medo persistente de que esses ataques voltem a acontecer. A estes episódios associa-se o medo e a preocupação relativos à possibilidade de novos ataques de pânico ou das suas consequências (“vou sentir-me assim outra vez?..Onde?.. E se for à frente de toda a gente”).
Causas da Perturbação de Pânico
As causas exatas não são totalmente conhecidas, mas incluem:
- Genética
- Alterações químicas no cérebro, especialmente nos neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina.
- Fatores psicológicos: trauma, stress intenso ou prolongado.
- Estilo de vida: uso de drogas, álcool, cafeína em excesso.
- Condições médicas: como problemas da tiroide, hipoglicemia ou arritmias cardíacas.
Ataques de pânico: sintomas
Os sintomas ocorrem subitamente e atingem o pico em poucos minutos. Os mais comuns incluem:
- Palpitações, coração acelerado
- Suor excessivo
- Tremores
- Falta de ar ou sensação de asfixia
- Dor no peito
- Náuseas ou desconforto abdominal
- Tontura ou sensação de desmaio
- Parestesias (formigueiros ou sensação de entorpecimento)
- Sensação de irrealidade (desrealização) ou de estar fora do corpo (despersonalização)
- Medo de perder o controlo, enlouquecer ou morrer
Ataques de pânico duram geralmente entre 5 a 30 minutos, mas os efeitos podem persistir por horas.
Diagnóstico
É importante fazer um cuidado diagnóstico diferencial, uma vez que muitas outras situações ou eventos podem criar sintomas iguais aos ataques de pânico. Assim, o diagnóstico é clínico e feito com base em:
- Frequência dos ataques de pânico
- Avaliação de sintomas físicos e emocionais
- Exclusão de outras causas médicas (exames físicos, análises, ECG)
Tratamento
O tratamento é eficaz e pode incluir:
- Psicoterapia
- Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ensina a pessoa a identificar e
mudar pensamentos e comportamentos negativos.
- Psicoterapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ensina a pessoa a identificar e
- Medicação
- Antidepressivos (SSRI/SNRI). É comum a medicação ser necessária quando a perturbação de pânico já se instalou.
- Ansiolíticos (como benzodiazepinas – uso de curto prazo)
- Betabloqueadores para sintomas físicos (menos comuns)
- Mudanças no estilo de vida
- Atividade física regular
- Técnicas de relaxamento e respiração
- Redução de cafeína, álcool e drogas
Prevenção
Embora nem todos os casos possam ser prevenidos, há formas de reduzir o risco:
- Gerir o stress com técnicas de relaxamento (meditação, yoga, respiração profunda)
- Dormir bem e manter uma rotina equilibrada
- Evitar substâncias que estimulam ou desregulam o sistema nervoso
- Procurar apoio psicológico em momentos difíceis
- Seguir o tratamento recomendado para evitar recaídas