Na consulta de Medicina Geral e Familiar, atendemos pessoas doentes e outras não doentes, no nosso dia-a-dia.
Aos doentes portadores de doença já conhecida faz-se o respetivo seguimento. Por exemplo, na Diabetes (tipo 1 e tipo 2), faz-se consulta com exame global do doente e, pedem-se análises (bissemestralmente) e ECG (anualmente), tentando o melhor controlo da glicemia, função renal e hepática.
Nessas consultas o doente é avaliado também na TA, IMC (índice de massa corporal), visão (rastreio de retinopatia diabética/oftalmologia) e despiste de pé diabético. Aproveito e faço notar que na avaliação destes parâmetros é muito importante a consulta de enfermagem também. O tratamento da Diabetes é, regra geral, médico e não cirúrgico.
Por outro lado, as pessoas que à partida desconhecem ter qualquer patologia, querem, muitas vezes, fazer exames, sobretudo análises ao sangue. As razões que as motivam são várias, como, por exemplo:
- Receio de serem diabéticas,
- Terem o colesterol elevado,
- Ácido úrico,
- Fígado com problemas,
- Problemas os rins, etc.
Para o doente todas as razões são válidas. Como médicos, temos, em primeiro lugar, de ouvir a pessoa que nos procura, para falar das suas preocupações e de todas as suas dúvidas. Dialogar com o possível doente é muito essencial. Depois temos de fazer um exame físico completo. Não são poucas as vezes, que damos conta de fatores de risco para determinadas doenças, que detetadas a tempo levam a um melhor seguimento e controlo.
Assim sendo, às vezes, não são só as análises ao sangue que se pede, mas todo um conjunto de exames em função da suspeita de determinada doença.
Devemos sempre, usar linguagem clara e acessível para o doente que nos procura para que saia da nossa consulta, com a certeza de que tudo faremos para o seu bem-estar, a sua saúde e totalmente esclarecidos de todas as suas dúvidas.
