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Pubalgia: tudo o que precisa de saber

publicado em 17 Nov. 2024

A pubalgia é referida pelo doente como uma dor ao nível e ao redor do púbis. É confirmada durante o exame palpatório por uma sensibilidade ao nível de um ou vários pontos anatómicos (sínfise púbica, inserções baixas dos abdominais, inserções altas dos adutores, canal inguinal, arcada crural, ao nível do bordo do reto abdominal 1/3 inferior).

 

A pubalgia torna-se mais frequente com a aceleração das competições desportivas. Normalmente existe uma fraqueza muscular com desequilíbrio entre os músculos adutores e abdominais.

 

Existem duas vias de instalação:
1. Ascendente no desporto que valoriza a dinâmica dos membros inferiores;
2. Descente no desporto que valoriza a dinâmica dos membros inferiores.

 

Cada desporto tem um gesto bem preciso e solicita de maneira específica as cadeias musculares. Sendo assim, é muito importante estudar a coreografia dos movimentos, de observar os circuitos musculares mais requisitados. O que irá permitir, deste modo, a sua prevenção.

 

A pubalgia, pode ter origem traumática (choques diretos, por deslizamento em excentricidade dos adutores, por choque/queda no eixo do membro inferior) ou crónica (neste caso a disfunção que gerou a pubalgia é a limitação da mobilidade do quadril).

 

O tratamento de fisioterapia de origem traumática é feito através de massagem, exercícios isométricos e de reprogramação rítmicos, crioterapia, alongamentos, fortalecimento muscular.

 

Na pubalgia crónica, as dores aparecem quando existe um excesso de compensações e uma sobrecarga dessas zonas assim como das inserções musculares. No desporto, as posições em flexão tanto em estática como em dinâmica vão superprogramar as cadeias de flexão do nosso corpo, reforçando assim, o modo de trabalho dos músculos em concêntrico. A mobilidade do quadril é um ponto chave que pode levar à sobrecarga e instalação de diferentes dores e pontos de fragilidade, é necessário ter uma fluidez articular fisiológica.

 

O tratamento de fisioterapia deve-se focar na inibição de tensões através de posturas de relaxamento muscular, articular, visceral e cranial (que são a base das compensações, disfunções e das deformações) acompanhadas pelo seu fisioterapeuta. Também este poderá ensinar o doente a realizar em domicílio alguns exercícios (autoposturas).
Quando as cadeias musculares estão livres e equilibradas, a estática é ótima, o movimento é fácil e a fisiologia é respeitada.

 

Na fisioterapia, idealmente, devemos tratar as disfunções que geram a pubalgia, para manter o equilíbrio fisiológico muscular e articular.