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Implante Coclear: pôr um fim à surdez

publicado em 20 Jun. 2017

O implante coclear é um dispositivo eletrónico, implantado cirurgicamente, que tem como objetivo substituir as funções das células da cóclea (ouvido interno) e transmitir diretamente estímulos elétricos ao nervo auditivo.

 

O implante coclear está indicado nas pessoas com surdez severa e profunda, em que os aparelhos auditivos não conseguem ajudar o suficiente ou não permitem uma qualidade auditiva mínima.

 

Uma das mais incríveis capacidades da implantação coclear é permitir que crianças nascidas surdas tenham hipótese de desenvolver a comunicação oral desde que implantadas até aos 3 anos de idade.

 

O tempo de surdez/privação de estímulo sonoro é extremamente importante, quanto mais tempo sem ouvir, mais complexa e demorada será a reabilitação auditiva.

 

O implante colear é constituído por duas unidades: interna e externa. A unidade externa é semelhante aos aparelhos auditivos convencionais e é conhecida como processador da fala. Possui um microfone que capta os sons e os descodifica, encaminhando-os depois para a unidade interna através de uma “antena” implantada. A unidade interna, implantada, possui um recetor, colocado debaixo da pele, que capta os estímulos transmitidos pelo processador da fala ao qual esta ligada por íman. Esta informação é encaminhada por um fino cabo com elétrodos, colocado dentro da cóclea junto ao nervo auditivo por forma a estimulá-lo.

 

Os aparelhos auditivos apenas amplificam o som e enviam-no mais alto ao ouvido interno incapacitado/doente. O implante coclear pretende substituir o ouvido interno doente e funcionar como um descodificador de som em estímulos elétricos que são depois enviados ao nervo auditivo.

 

A qualidade ou tipo de som que um implantado escuta depende de vários fatores: o tempo de privação auditiva, a causa da surdez e a estratégia de estimulação usada. A sensação sonora de um paciente implantado é uma experiência individual, que depende do processo de reabilitação auditiva e terapia da fala.

 

A informação captada e transmitida é depois processada cerebralmente e transformada em informação. Quem ouve é o cérebro, não os ouvidos, o aparelho auditivo ou o implante coclear.