A gravidez começa quando surge o desejo e a fantasia de se ter um bebé. É um dos acontecimentos na vida da mulher e do homem que gera alterações que preparam os pais para uma nova etapa – a parentalidade.
Esta fase do ciclo de vida familiar é marcada por transformações que implicam mudanças de natureza diversa (fatores biológicos, psicológicos e sociais) e em momentos diferentes, mas também promove um crescimento pessoal e familiar sem retrocesso. Nesse processo as vivências psicológicas, a nível relacional, social e também económico no casal parental provocam grande vulnerabilidade na vida da mulher e do homem.
Quando nasce um bebé, o ser pai ou mãe implica sair da posição de filho(a) para ser um cuidador. Assim, apesar da felicidade que está frequentemente associada a este acontecimento, a necessidade de reorganização da vida do casal, de adaptação às novas tarefas com as quais o casal se depara, pode conduzir, nas mães e nos pais, a elevados níveis de perturbação emocional. Podem surgir emoções nem sempre pacíficas e sentimentos de insegurança que, sendo elaborados, promovem um desenvolvimento que predispõe mãe e pai a irem ao encontro das necessidades do seu bebé.
Durante os nove meses de gravidez, a mãe começa a imaginar o bebé que carrega e deverá adaptar se às mudanças da sua identidade, corpo, relacionamentos e carreira, bem como preparar-se para o nascimento e começar a conciliar os sacrifícios associados a tornar-se mãe. Também o seu relacionamento com o seu parceiro passa por mudanças substanciais.
Ao longo da gravidez, parto e parentalidade, o papel do pai é geralmente negligenciado. Contudo, tornar-se pai pode ser significado de uma crise de vida que envolve mudanças psicológicas e físicas significativas que poderão ser muito semelhantes às experienciadas pela mãe.
A interdisciplinaridade das áreas da saúde, como a Obstetrícia, a Psicologia Clínica, a Genética, a Nutrição Clínica e os Cuidados de Enfermagem, promove uma maior felicidade e um melhor desenvolvimento da parentalidade. Em particular, a consulta de Psicologia Clínica na Gravidez e Parentalidade propõe-se como uma área de intervenção que tem por base um modelo biopsicossocial, propicia um espaço de reflexão informada onde os sentimentos desencadeados pela gravidez, pelo nascimento do bebé e pelas exigências da parentalidade podem ser partilhados, clarificados e elaborados, auxiliando a mulher e/ou o casal neste período de profundos reajustamentos físicos, psíquicos, familiares e sociais, sendo determinantes na adaptação neste fase do ciclo de vida familiar.
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