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A Ressonância Magnética na fístula perianal

publicado em 10 Nov. 2019

A fístula perianal é uma patologia com significativa incidência na população geral, atingindo com maior frequência alguns grupos de doentes (Doença inflamatória intestinal e/ou Doença de Crohn).

 

Apesar da frequência e da severidade dos seus sintomas, gerando grande desconforto e dor frequentemente incapacitantes para as atividades diárias e profissionais, é uma patologia sub-diagnosticada devido ao estigma e ao preconceito sentidos pelos doentes o que os leva a não comunicarem esses mesmos sintomas ao médico assistente. Assim, a fístula perianal não sendo diagnosticada numa fase inicial, momento em que a intervenção terapêutica é mais simples e eficaz, vai progredir até fases mais avançadas nas quais a complexidade do processo patológico exige um tratamento mais invasivo, não raras vezes cirúrgico.

 

Tendo em vista a multiplicidade de causas e opções terapêuticas disponíveis, a fístula perianal trata-se de uma patologia que requer intervenção multidisciplinar, nomeadamente Medicina Geral e Familiar, Gastrenterologia, Cirurgia Geral e Radiologia.

 

Precisamente no âmbito da Radiologia cumpre-nos salientar o papel da Fistulografia por Ressonância Magnética (RM) no diagnóstico e estadiamento da fístula perianal. Trata-se de um exame simples, não invasivo, idêntico a outras Ressonâncias Magnéticas de corpo na sua realização e que, num curto intervalo de tempo (aproximadamente 30 minutos), permite obter um grande número de informações sobre a fístula perianal. Não exige nenhuma preparação particular. Por estes motivos é, atualmente, a técnica de eleição no estudo da patologia anal e perianal.

 

Desde logo o grande detalhe anatómico da ressonância magnética é particularmente importante e esclarecedor na determinação da origem da doença (anal, retal, pélvica) bem como da sua extensão em profundidade, dados essenciais na escolha da terapêutica médica ou cirúrgica e no caso da última determinar qual o tipo de intervenção mais adequado.

Por outro lado, a complexidade anatómica da região anal e perianal dificultam a avaliação da patologia local por outras técnicas. Assim, a ressonância magnética, ao permitir, num único estudo de grande sensibilidade e especificidade, pela sua resolução anatómica e capacidade de diferenciação tecidular em particular dos tecidos moles, obter todos os elementos necessários para um completo esclarecimento da doença na sua localização, extensão e profundidade, é atualmente a técnica mais utilizada e eficaz na avaliação destas doenças.

O Trofa Saúde Hospital dispõe de equipamentos de ressonância magnética de última geração e pessoal técnico e médico diferenciado para a realização destes exames, pelo que espera poder continuar a contribuir para o diagnóstico e tratamento destas patologias, complexas e incapacitantes, mas que, com um correto diagnóstico e tratamento, podem ser debeladas e vencidas.