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Cancro: mitos e verdades sobre a doença do século

publicado em 17 Out. 2020

Fala-se muito sobre o cancro, a “doença da moda”, como muitos lhe chamam. Ainda assim, são vários os mitos associados. O texto que se segue pretende elucidar alguns mitos/verdades associados a esta doença:

 

O cancro nasce connosco?
Não. Nós não nascemos com cancro. Muito pelo contrário, é porque vivemos mais que temos mais risco de desenvolver esta doença. No nosso organismo, as células estão constantemente em divisão celular. Ao longo da vida, vão-se acumulando erros no nosso DNA, que, em algum momento, escapam aos mecanismos de reparação da célula e esta divide-se de uma forma descontrolada, invadindo estruturas adjacentes, originando assim o cancro.

 

Quais os principais fatores de risco? Por que tem aumentado a incidência?
Os fatores de risco vão diversificando de acordo com a origem do cancro, isto é, os fatores de risco de cancro da mama são diferentes dos fatores de risco do melanoma (cancro de pele). Destaco os mais comuns: o envelhecimento, hábitos alimentares errados, consumo excessivo de álcool, obesidade, tabagismo, sedentarismo, exposição solar prolongada, poluição atmosférica, radiação ionizante e infeções víricas crónicas… Por estes fatores de risco generalistas, temos uma fotografia realista do estilo de vida de muitos de nós. Deste modo, não é de espantar o aumento da incidência desta patologia.

 

Qual a probabilidade de se ter cancro ao longo da vida?
Cerca de 25% dos portugueses terão cancro ao longo da vida, sendo os mais comuns o colorretal, o da mama, da próstata, do pulmão e do estômago. A doença atinge pessoas de todas as idades, mas é mais frequente a partir dos 40 anos, quando o risco passa a ser cinco vezes maior.

 

A prevenção do cancro depende de mim?
Em parte sim. Pelo menos um terço dos tipos mais comuns de cancro pode ser prevenido através da cessação do consumo de tabaco, redução do consumo de álcool, adoção de uma alimentação saudável e da prática regular de exercício físico. Destaco ainda a importância da vacinação e a adesão a programas de rastreio oncológico. A vacinação generalizada da população contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) pode mesmo erradicar o cancro do colo do útero e diminuir a incidência dos tumores da cavidade oral, pénis e canal anal. Os programas de rastreio oncológico permitem que sejam identificadas alterações de risco que aumentem a probabilidade de cancro ou sejam identificados cancros em estádios precoces.

 

Qual o melhor tratamento?
Não existe um melhor tratamento para todos. O tratamento do cancro é cada vez mais individualizado e multidisciplinar. Aliás, está provado que os doentes tratados por equipas diferenciadas e multidisciplinares vivem mais e melhor.

 

No Trofa Saúde o tratamento ou a melhor combinação de tratamentos oncológicos (cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapêuticas-alvo, hormonoterapia, imunoterapia) é definido individualmente e orientado por uma equipa diferenciada e multidisciplinar.