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Depressão Resistente e Escetamina

publicado em 07 Fev. 2025

O que é a Depressão Resistente?

A depressão major resistente, também chamada de depressão resistente ao tratamento, é uma forma de depressão na qual os sintomas depressivos não melhoram satisfatoriamente após o tratamento com pelo menos dois antidepressivos diferentes, em doses terapêuticas adequadas e por um período de tempo adequado.

 

Mesmo com a utilização de medicação e psicoterapia, a pessoa continua a experienciar sintomas depressivos graves, o que torna a condição mais difícil de tratar e afeta significativamente a qualidade de vida.

Quais são as causas da Depressão Resistente?

A génese da depressão resistente é multifatorial, envolvendo uma combinação de fatores genéticos, biológicos, psicológicos e ambientais. Alterações nos neurotransmissores cerebrais, como serotonina, dopamina e noradrenalina, são frequentemente associadas à persistência dos sintomas.

 

Outros fatores, como histórico familiar de perturbações psiquiátricas, eventos traumáticos, stress crónico ou comorbidades médicas, podem também aumentar o risco de desenvolvimento da depressão resistente ao tratamento.

Quais os sintomas da Depressão Resistente?

A pessoa com depressão resistente apresenta os sintomas típicos da depressão major, incluindo tristeza profunda, perda de interesse e prazer nas atividades diárias, alteração no apetite e sono, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva, fadiga intensa e dificuldades de concentração.

 

Esses sintomas podem durar semanas, meses ou até anos, comprometendo seriamente a capacidade de funcionamento na esfera social, profissional e pessoal.

Como é feito o diagnóstico da Depressão Resistente?

Em primeiro lugar o diagnóstico da depressão resistente deve ser feito por um psiquiatra, após uma avaliação detalhada dos sintomas e histórico clínico da pessoa. Para que a depressão seja considerada resistente, deve-se confirmar que, após a tentativa de tratamento com pelo menos dois antidepressivos diferentes em doses e tempo adequados, a pessoa não obteve uma resposta clínica significativa.

 

Além disso, pode ser necessário realizar exames para excluir outras condições médicas que possam estar a influenciar ou agravar os sintomas.

Quais são as opções de tratamento para a Depressão Resistente?

O tratamento da depressão resistente requer uma abordagem mais intensiva e personalizada.

 

Além dos antidepressivos tradicionais e da psicoterapia, da eletroconvulsivoterapia (ECT) e da estimulação magnética transcraniana (TMS), novas e eficazes opções terapêuticas estão também disponíveis. Uma dessas alternativas inovadoras é a Escetamina intranasal, que é um fármaco com mecanismo de ação totalmente diferente dos antidepressivos clássicos e que já está disponível no Trofa Saúde Amadora.

 

A Escetamina é um tratamento seguro, aplicado através de pulverização intranasal, agindo rapidamente no cérebro, proporcionando alívio rápido dos sintomas em pessoas que não responderam a outros tratamentos. Este medicamento é particularmente eficaz em casos de depressão resistente, sendo que é apenas administrado sob supervisão médica e em contexto hospitalar.

É possível prevenir a Depressão Resistente?

Não é fácil. Embora não seja possível prevenir totalmente a depressão resistente, o tratamento precoce da depressão major pode reduzir o risco de que ela se torne resistente ao tratamento.

 

A monitorização constante e o ajuste do tratamento farmacológico e/ou psicoterapêutico são fundamentais para evitar o cronificar da doença. Além disso, hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física, alimentação equilibrada, sono adequado e o apoio psicológico contínuo, podem ser medidas importantes para melhorar a saúde mental e reduzir o risco de recaídas.