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Disfunção erétil

publicado em 23 Nov. 2019

A disfunção erétil ou impotência sexual é definida como a incapacidade persistente para atingir e/ou manter uma ereção suficiente para permitir uma penetração sexual satisfatória. A disfunção eréctil (DE) é uma doença cuja frequência vai aumentando com a idade e estima-se que afete mais de meio milhão de homens em Portugal.

 

Apesar da elevada frequência da DE, poucos homens procuram ajuda médica para ultrapassarem esta doença com impacto significativo na vida pessoal, familiar e social. A vergonha em reconhecerem a doença ou o desconhecimento e receios sobre os tratamentos leva muitos homens a sofrerem em solidão.

 

As causas para a DE são diversas e podem ser divididas em psicológicas ou orgânicas. As causas psicológicas são mais habituais nos homens mais jovens e caracterizam-se por ansiedade de performance, stress, cansaço, depressão ou problemas conjugais. As causas orgânicas podem ter origem em níveis baixos da testosterona, problemas neurológicos, fatores de risco cardiovascular como a diabetes, hipertensão, colesterol elevado e obesidade, tabagismo e alguns medicamentos.

 

Perante a DE o homem deve recorrer a um urologista que será o profissional de saúde que orientará a investigação e o tratamento, que muitas vezes tem de ser partilhado por várias especialidades médicas. A DE é muitas vezes o primeiro sintoma de doença cardiovascular e pode ser necessária orientação pelo médico de família ou cardiologista. Nos casos com origem psicológica a intervenção pelo psiquiatra/psicólogo pode também ser muito útil.

 

Antes de se iniciar um tratamento dirigido à DE devem ser alterados hábitos e estilos de vida e corrigidos os fatores de risco. A promoção de um estilo de vida de saudável, com prática regular de exercício físico, a abstinência tabágica e de álcool, o controlo da diabetes, hipertensão e colesterol são intervenções vitais para o sucesso de eventuais tratamentos a implementar, para além dos benefícios óbvios na saúde global do homem.

 

Depois desta abordagem inicial existem vários tratamentos para a DE. Como tratamento de primeira linha existem as medicações orais que têm elevadas taxas de sucesso, são de fácil administração, têm poucos efeitos adversos e poucas contra-indicações. 

 

Nos casos de insucesso ou contra-indicações para as medicações orais, e como segunda linha de tratamento, existem medicações para injeção no pénis ou para administração na uretra. Os tratamentos cirúrgicos constituem a última linha de tratamento para a DE. Nestes incluem-se as próteses penianas, que têm altas taxas de sucesso e satisfação dos homens mas com os riscos inerentes a uma cirurgia.

 

Atualmente a DE é tratável na grande maioria dos casos com a diversidade de tratamentos disponíveis sendo essencial que o homem ou o casal procurem ajuda médica.