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Dislipidemia: a balança do Colesterol “bom” e do Colesterol “mau”

publicado em 16 Jan. 2020

A dislipidemia, conhecida na gíria como “sangue gordo”, é uma condição de elevada prevalência em Portugal traduzida por níveis anómalos de lípidos (gorduras) no sangue.

 

Os lípidos são um componente fundamental para o organismo humano, representando uma importante fonte de energia e contribuindo para o normal funcionamento celular.

 

Existem essencialmente dois tipos de lípidos circulantes no sangue: o colesterol e os triglicéridos.

 

O colesterol é transportado no sangue por dois tipos de proteínas: lipoproteínas de baixa densidade (colesterol LDL ou colesterol “mau”) e lipoproteínas de alta densidade (colesterol HDL ou colesterol “bom”). Por sua vez, os triglicerídeos são transportados por lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL).

 

As proteínas conhecidas como “colesterol bom ou HDL” transportam o colesterol dos tecidos para o fígado e as chamadas de “mau colesterol ou LDL” permitem que o colesterol se misture com a água em torno das células e na corrente sanguínea. Desta forma, um excesso de lipoproteínas de baixa densidade (colesterol mau) é prejudicial para a saúde, acontecendo o contrário com as lipoproteínas de alta densidade, dada a sua capacidade para remover o colesterol das artérias.

 

Quando o colesterol “mau” e os triglicéridos no sangue atingem valores muito elevados, aumenta o risco de aterosclerose e de obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo cardíaco e cerebral. A dislipidemia é, por esse motivo, um dos principais fatores de risco da aterosclerose, que representa a principal causa de morte dos países desenvolvidos, incluindo Portugal. Este facto deve-se à sua associação com doenças do foro cardíaco e cérebro-vascular como os enfartes agudos do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

 

As principais causas de dislipidemia são: uma alimentação rica em gorduras e pobre e fibras e vegetais, obesidade, sedentarismo, insulinorresistência (doentes obesos e diabéticos), hipotiroidismo (problemas endocrinológicos), assim como fatores genéticos/familiares.

 

Numa pessoa com dislipidemia, deve ser efetuada uma avaliação clínica e laboratorial para despiste de causas secundárias de dislipidemia e de comorbilidades, nomeadamente, pressão arterial, índice de massa corporal ou outro parâmetro de obesidade, glicemia, função renal, função hepática e função tiroideia.

 

A abordagem terapêutica da dislipidemia tem como objetivo fundamental a redução do risco cardiovascular em todas as pessoas, tenham ou não estas doenças cardiovasculares definidas. A todos os doentes é recomendada uma mudança de estilos de vida, ao nível da alimentação e do exercício, isoladamente ou em associação com medidas farmacológicas definidas individualmente para cada doente em consulta médica.

 

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